
“Confusão” na audiência deixou às claras a demagogia dos fascistas. Os marionetes Nikolas e Jordy fizeram coro com banqueiros por cortes ainda maiores sobre o povo e o país
A balbúrdia criada por integrantes da horda bolsonarista durante a audiência do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, nesta quarta-feira (11), na Câmara dos Deputados, foi reveladora do grau de degeneração a que chegou o fascismo surgido no Brasil. O lado positivo do episódio é que ele desmascarou a demagogia bolsonarista e deixou a nu o seu objetivo: a destruição do país e a escravização do povo.
Se não, vejamos. Tanto o deputado Carlos Jordy (PL-RJ) quanto Nikolas Ferreira (PL-MG), dois dos mais desqualificados porta-vozes do fascismo bolsonarista na Câmara dos Deputados, ambos campeões da demagogia e da baixaria política, abriram o jogo sobre seus objetivos com as provocações. O que eles fizeram foi se juntar aos banqueiros, magnatas e especuladores para desancar um suposto “desequilíbrio fiscal” e cobrar mais cortes do governo.
Eles não criticaram os cortes atuais, já anunciados e pretendidos por Haddad. O que eles fizeram foi exigir muito mais arrocho sobre a população e o país. Para os dois provocadores, não basta o que já está sendo feito. Os bolsonaristas cobraram muito mais. Eles querem facões muito mais afiados no orçamento da União. Querem “cortes estruturantes” e um arrocho ainda mais intenso sobre o povo brasileiro e os setores produtivos.
Os dois repetiram como matracas a mesma ladainha dos rentistas, banqueiros e demais parasitas que gritam histéricos contra os gastos sociais do governo. Os bancos inventam e repetem que o governo gasta demais com o povo. Fazem isso para desviar mais dinheiro público para seus cofres. Por isso esperneiam por cortes sociais. E aí, os dois deputados apareceram na audiência repetindo exatamente toda essa baboseira e criticando o ministro porque não estaria cortando no ritmo que quer o “mercado”.
A dupla de bajuladores usou até a mesma forma de falar do tal “mercado” – leia-se, da meia dúzia de monopólios financeiros – e esbravejou contra a “gastança” do atual governo. Só que a verdadeira “gastança” do dinheiro público não é o que se gasta com o povo – que por sinal é muito pouco – mas sim o pagamento anual de R$ 1 trilhão de reais a título de juros aos bilionários possuidores de títulos públicos.
Sobre essa “gastança” real dos juros, nem uma palavra foi dita pelos dois demagogos na audiência. Eles não cobraram Haddad sobre isso. O que os dois fizeram foi somente macaquear os bancos e exigir mais cortes no orçamento. Eles escondiam da população o que realmente defendiam. O episódio mostrou que as críticas ao governo, não foram pelos defeitos de Haddad, mas porque querem muito mais destruição do país.
O que os bolsonaristas pretendem para o Brasil é uma política muito mais desastrosa e muito mais submissa aos interesses mesquinhos dos parasitas, dos especuladores e das multinacionais. O resto é pura demagogia. Isso ficou claro durante a audiência e, também já tinha sido bastante sentido pelo povo durante a desastrosa gestão Bolsonaro.
Em suma: o bolsonarismo é pura farsa, pura demagogia. Ele é, na verdade, sinônimo de desmonte e venda do Brasil. Tagarelam muito, mas são serviçais dos poderosos. Falam de “liberdade econômica”, mas, na prática, isso é a volta da escravidão, do trabalho incessante e em péssimas condições. Falam também em choque de prosperidade mas o que pretendem mesmo é o choque de roubo e desmonte do país. A “prosperidade” que eles acenam é para seus patrões bilionários. A audiência com Haddad mostrou que, para o povo, o que os fascistas pretendem, na real, é simplesmente a volta da escravidão.
SÉRGIO CRUZ