Dezenas de crianças, jovens, estudantes e trabalhadores saíram de todos os pontos de Cuba até Havana para refazer a “Caravana da Liberdade”, os mais de mil quilômetros trilhados pelo Exército Rebelde em janeiro de 1959.
Há 59 anos, o objetivo da marcha foi deslocar as forças revolucionárias de Santiago, no leste da Ilha, para a capital, reforçando a tomada do poder e comemorando com o povo a queda da sanguinária ditadura de Fulgêncio Batista, vassalo dos Estados Unidos. A vitoriosa caminhada terminou no dia 8 de janeiro com a entrada das tropas rebeldes em Havana, através do Malecón.
“Precisamos trabalhar e cumprir com o nosso dever enquanto tenhamos energia, enquanto tenhamos ar e enquanto tenhamos vida”, afirmou Fidel Castro, durante o trajeto. Como sublinhou então o comandante, “a liberdade não é tudo, a liberdade é a primeira parte, é a liberdade para começar a ter o direito a lutar”. E foi a partir do amor à liberdade e do enfrentamento ao criminoso bloqueio imposto pelos EUA que Cuba tornou-se referência mundial nas conquistas sociais, particularmente em saúde e educação, com a erradicação do analfabetismo, da pobreza extrema e da fome. Entre outros inumeráveis gestos, o compromisso humanitário e anti-imperialista dos cubanos se revelou na solidariedade às lutas de libertação dos povos latino-americanos e africanos. e tem se reafirmado no envio de milhares de médicos e profissionais de saúde aos locais mais carentes do planeta.
Lembrando a chegada a Havana, Manuel Díaz González, motorista da caravana naqueles dias se emociona: “Nunca vi tanta gente junta! A multidão dava vivas a Fidel, à Revolução, ao Movimento 26 de Julho e aos barbudos”.