
A multidão passou diante da sede da Corte Internacional de Justiça (CIJ) onde Israel é julgado por genocídio e clamou por medidas concretas do governo holandês contra o massacre de palestinos em Gaza
Organizadores e mídia estimam a multidão de 150 a 200 mil holandeses vestindo roupas vermelhas que marchou pelas ruas de Haia para exigir o fim do genocído perpetrado por Israel em Gaza e que o governo da Holanda tome medidas concrtetas para ajudar a deter o fascismo israelense em seu cerco e bombardeio com o declarado intuito de exterminar o povo palestino, cujas crianças e mulheres são as principais vítimas fatais.
Os organizadores desta segunda marcha em um mês afirma que estas são as duas maiores manifestações vividas pela Holanda em décadas.
Depois da passar em frente à Corte de Haia, a multidão se concentrou na sede do governo local.
“Eu me sinto envergonhada por meu governo que não quer estabelecer limites a esta chacina”, disse a professora Jolanda Nio, presente à manifestação.
“Estamos conclamando o governo holandês a parar com o apoio econômico e militar a Israel, enquanto este regime seguir bloqueando o acasso a suprimentos vitais e se mantém culpado pelo genocídio, crimes de guerra e violação dos direitos humanos no territórios palestinos ocupados”, declarou Marjon Rozema, integrante da organização Anistia Internacional.
Michiel Servaes, diretor da organização Oxfam, compareceu ao ato para pedir “sanções concretas que se contraponham ao genocídio em curso na Faixa de Gaza”.
O bombardeio israelense sobre Gaza segue com mesmo grau de violência, tendo assassinado perto de 100 palestinos em 24 horas e com o morticínio, desde outubro de 2023, chegando a 56.000 vítimas palestinas, com mais de 121 mil feridos, segundo autoridades médicas em Gaza.
O ato diante da sede da Corte de Haia é em referência ao julgamento a partir de denúncia do governo da África do Sul, que entrou com petição afirmando que o ataque a Gaza viola as convenções patrocinadas pela ONU, ao final da Segunda Guerra, sobre genocídio.
O primeiro-ministro Dick Schoof deu declaração de apoio ao ato pelo fim do genocídio, mas sem se comprometer com nenhuma medida (em termos similares ao amplo boicote internacional em apoio à luta contra o apartheid na África do Sul): “A Holanda segue comprometida em parar a violência e a atuar pelo fim do bloqueio que viola os princípios humanitários. Estamos constantemente atentos em como podemos ser mais efetivos em nossos esforços, diante e por trás das cenas para mudar a situação no território de Gaza”.