
As centrais sindicais se reuniram nesta segunda-feira (27) e definiram um calendário de ações contra os ataques de Bolsonaro aos serviços públicos, ao Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), contra a tentativa de privatização dos Correios, contra a desindustrialização e desnacionalização da economia brasileira.
A primeira atividade do ano será já na próxima segunda feira (3), com um ato em frente à sede da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP), na Avenida Paulista, e a agenda segue até o 1º de Maio (Dia do Trabalhador) unificado do movimento sindical.
A reunião foi realizada na sede do Dieese, em São Paulo, e contou com a presença de dirigentes da CTB, CGTB, Força Sindical, CUT, CSB, CSP-Conlutas, Intersindical e UGT. A Nova Central não participou do encontro, mas acompanha as resoluções.
“Debatemos a importância de unir todas as forças vivas da nação contra o fascismo e em defesa da democracia, em uma amplíssima frente democrática”, disse o presidente da Central Geral dos Trabalhadores do Brasil (CGTB), Ubiraci Dantas de Oliveira (Bira).
Segundo o Bira, o ato em frente à FIESP, no dia 3 de fevereiro, será “em defesa do emprego, dos direitos, da indústria nacional e da democracia”. A escolha do dia levou em conta que o presidente da entidade da entidade patronal, Paulo Skaf, irá receber Bolsonaro para um almoço.
Recentemente, Skaf publicou um artigo em que explica seu apoio a Jair Bolsonaro, em que defende que “o governo estaria fazendo as reformas necessárias ao país”. A declaração foi criticada até mesmo pelo setor industrial. Os ex-presidentes da própria Fiesp, Horácio Lafer Piva, Pedro Passos e Pedro Wongtschowski, escreveram artigos em que criticam a partidarização da federação, sem citar o nome de Skaf.
Para o presidente da CTB, Adilson Araújo, “a defesa da indústria brasileira é bandeira prioritária da CTB e do movimento sindical brasileiro. Temos consciência de que a indústria é o carro chefe do desenvolvimento nacional. O atual presidente da Fiesp não está sintonizado com esta luta. Ao contrário, apoia a política entreguista do governo da extrema direita, que acelera o processo de desindustrialização e desnacionalização da nossa economia”.
O calendário possui ainda atos em todas as agências do INSS contra o desmonte da Previdência, no dia 14 de fevereiro. Também foi definido que as centrais vão apoiar e participar dos atos e atividades do Dia Internacional da Mulher, no dia 8 de Março.