As centrais sindicais (Força Sindical, CTB, CSP Conlutas, CUT, CGTB, CSB, Intersindical, Nova Central e UGT) e entidades como a União Nacional dos Estudantes (UNE), representantes das frentes Brasil Popular, Povo Sem Medo e Grito dos Excluídos, entre outras, se reuniram no último dia 26 para definir a agenda de lutas contra os ataques do governo Bolsonaro à aposentadoria, à educação e à ciência, à Amazônia, ao patrimônio público e aos direitos dos trabalhadores.
Entre outros eventos, as entidades marcaram um grande ato unificado em todo o Brasil no dia 7 de setembro, que deve se somar ao Grito dos Excluídos, movimento ligado à Conferência Nacional dos Bispos do Brasil CNBB, que desde 1994 realiza manifestações populares na Semana da Pátria.
Segundo os organizadores, a proposta é unir vários setores da sociedade em uma frente ampla em defesa do Brasil e da democracia.
Os dirigentes das centrais também marcaram para o próximo dia 3 uma mobilização no Senado, onde a proposta de reforma da Previdência está tramitando. Os sindicalistas vão se reunir com os parlamentares e pressioná-los para votarem contra a reforma. No dia 4, a mobilização culminará com um grande ato contra a reforma da Previdência no auditório Petrônio Portela, no Senado.
Outro ato nacional também está previsto para setembro, com data ainda a definir, mas antes do dia 24, quando deve acontecer a votação da reforma da Previdência no Senado.
Paulo Barela, dirigente da CSP-Conlutas, alertou para a importância de no esteio da organização dessas mobilizações “fortalecer as lutas das bases em campanhas salariais e contra os processos de privatização, bem como encampar ações por liberdade democrática, tão fragilizada pelo governo de Bolsonaro e Mourão”.
Para o secretário-geral da CUT, Sergio Nobre, “é muito importante que o dia 7 tenha grandes atos no país inteiro, nos municípios, nos bairros e nas grandes capitais para impulsionar a pressão contra o governo de Bolsonaro e contra aqueles que querem destruir a Previdência Social e pública na votação do dia 24”.
Membro da Coordenação Nacional do Grito dos Excluídos e coordenador nacional da Pastoral Operária da CNBB, Jardel Neves Lopes disse que no meio deste momento histórico da conjuntura e do contexto social é fundamental somar forças com os que lutam por direitos, justiça e liberdade.