Com panelaços das varandas e janelas, coros coletivos desde as casas, cartazes de cada casa e pronunciamentos através de redes sociais, os trabalhadores franceses marcaram o 1º de Maio em quarentena.
“A ocasião é de trazer à tona as exigências sociais que defendemos por longo tempo e que a crise faz enxergar sua justeza”, destacou o secretário-geral da CGT francesa, Philipe Martinez.
A CGT, FSU, Solidaires e os movimentos estudantis dos secundaristas e universitários, FIDL, MNL, UNL e UNEF conclamaram a que fossem “trazidos à luz os invisíveis de nossa sociedade”: os trabalhadores da saúde, os assalariados do comércio, os camponeses, os paramédicos, os do serviço social, os servidores públicos que “estão na linha de frente na luta contra o coronavírus”.
“Agora que o mundo inteiro enfrenta a pandemia, este 1º de Maio deve ser mais do que nunca uma jornada internacional de lutas dos trabalhadores e trabalhadoras”, declara o documento da CGT denominado “O que queremos no dia seguinte”
“Desdeo início da crise na saúde, milhões de pessoas estão em quarentena. Os numerosos países vivem graças aos esquecidos, aos invisíveis de nossas sociedades, que continuam a trabalhar, os que mais colocam em risco suas próprias vidas.
“Infelizmente as palavras de reconhecimento dos governos não foram seguidas de atos fortes. As palavras são evidentemente insuficientes para exprimir nossa ira e nossa determinação de fazer com que estas coisas mudem.
“Nós somos portadores neste 1º de Maio, ainda que isolados, das reivindicações que são mais que nunca atuais.
“Sacrificar a saúde dos trabalhadores não é admissível. A saúde, a segurança, o direito à aposentadoria, de greve, de sindicalização e de sindicatos fortes devem ser respeitados!
“Sacrificar os direitos dos trabalhadores no altar da economia não é tolerável e não pode prosseguir sob qualquer pretexto.
“Não se trata de uma única doação fruto da boa vontade do patrão ou da autoridade empregadora pública. Não é uma ajuda pontual aos mais modestos que será suficiente aos trabalhadores e trabalhadoras: são as verdadeiras revalorizações do Salário Mínimo e dos salários, em particular através de convenções coletivas onde elas são as mais básicas assim como na função pública.
“Sacrificar os mais precarizados entre nós não é admissível em uma sociedade que diz ter por base a igualdade e a solidariedade”.
Veja o vídeo da CGT francesa: