Encurralado por 6 milhões de votos que Lula colocou de dianteira, pelo apoio expressivo da Senadora Simone Tebet, significativo do governador Ciro Gomes e emblemático do primeiro time do PSDB, tendo à frente FHC, Bolsonaro fez o que os capos fascistas mais apreciam: encenar histerismo como forma de exalar indignação e intimidar os que dizem não aos seus delírios.
“Alguns ministros do STF preferem Lula na Presidência por ter rabo preso” […] “Por que preferem Lula?” […] ”vontade de cassar o Lula” […] “se um dia ele chegar, para o Alckmin, amigo íntimo de Alexandre de Moraes, assumir o governo” […]. “Se vocês botarem um pinguço para dirigir o Brasil” […] “de ataque a padres” […] ”às Forças Armadas?”,
esbravejou durante 40 minutos em entrevista coletiva, nesta última sexta-feira.
Foi uma atuação raivosa à quebra de sigilo de mensagens de um assessor em andamento, às investigações das milícias digitais e por uma multa de 20 mil reais por propaganda ilegal: promoveu uma reunião com 70 embaixadores estrangeiros para alardear um golpe de estado e fazer campanha eleitoral. Acusações, como característico, fundadas em seu próprio caráter.
O fascismo navega nas águas turvas da crise, da desesperança. Em países dependentes como o nosso, é o porta voz radical da metrópole. Provindos dos esgotos da sociedade, a tática é a ‘blitzkrieg: “levar no grito”.
A solução é a união nacional. É a defesa da Constituição e da democracia, do desenvolvimento econômico, da soberania nacional e da melhoria das condições de vida do povo. Afinal, não existe democracia sem direitos para os trabalhadores, com 33 milhões de brasileiros passando fome e 125 milhões com insuficiência alimentar. E hoje, esta frente ampla só é possível com Lula presidente. É bom não baixar a guarda.
CARLOS PEREIRA