“Ninguém ou nenhuma força pode impedir o povo chinês de seguir em frente para alcançar uma vida melhor!”, afirmou Ren Guoqiang, porta-voz do Ministério de Defesa da China, em entrevista coletiva concedida nesta quinta-feira (25).
Referindo-se à menção da China por parte do Conselho de Segurança Nacional dos Estados Unidos (NSC, sigla em inglês) como sendo seu “maior desafio”, Guoqiang destacou ainda que “a determinação do Exército de Libertação Popular da China em salvaguardar a soberania, segurança e interesses de desenvolvimento do país é inabalável”,
Neste sentido, o porta-voz enfatiza que a China não pretende “desafiar” ninguém, mas não tem medo de nenhum “desafio”.
A discussão foi levantada em documento “Orientação Estratégica Provisória de Segurança Nacional”, no qual o NSC assinalou que a China é o único país entre seus concorrentes com capacidades econômicas e militares para desafiar o atual sistema internacional e o “principal desafio” para Washington.
Durante visita ao Japão e à Coreia do Sul, o secretário de Defesa dos Estados Unidos, Lloyd Austin, já havia se manifestado de forma similar a este documento do NSC quando declarou que o objetivo dos Estados Unidos é fornecer um meio de dissuasão confiável contra a China ou qualquer entidade que pretenda competir com os Estados Unidos.
A China e os Estados Unidos acabaram de realizar uma sessão de diálogo estratégico de alto nível, no qual ambas as partes concordaram em manter e fortalecer a comunicação e a coordenação em questões militares.
Ren Guoqiang acrescentou ainda que os comentários dos EUA expressam uma mentalidade da Guerra Fria. Essa “rotina” dos EUA de fazer inimigos e exagerar nas ameaças é apenas uma desculpa para continuar a dominar e lutar pela hegemonia, o que reflete um erro de julgamento que advém da atitude hegemônica do lado norte-americano.
“O erro de julgamento em relação à China não é do interesse comum da China, dos Estados Unidos ou do mundo. A China se opõe firmemente a isso”, manifestou o porta-voz.