Ciro Gomes publicou um vídeo afirmando que vai apoiar Lula no segundo turno, seguindo a decisão de seu partido, o PDT.
“Acompanho a decisão do meu partido, o PDT. Frente às circunstâncias, é a última saída”, disse Ciro em mensagem a seus apoiadores.
“Espero que essa decisão ajude a oxigenar, temporariamente, que seja, a nossa democracia”, continuou.
A executiva nacional do PDT se reuniu na manhã de terça-feira (4) para discutir a posição do partido no segundo turno das eleições. Ciro informou que o apoio a Lula foi decidido “por unanimidade”.
O partido enviou para o PT quatro propostas da candidatura de Ciro para serem incorporadas por Lula. Carlos Lupi, presidente do PDT, disse que “derrotar Bolsonaro tem que ser uma causa nacional, uma causa da pátria, dos democratas”.
No vídeo publicado nas redes sociais, Ciro Gomes falou que lamenta “que a trilha democrática tenha se afunilado a tal ponto que reste para os brasileiros duas opções, ao meu ver, insatisfatórias”. E disse que vai continuar lutando por mais avanços sociais.
Carlos Lupi diferenciou os dois candidatos: “de um lado o Lula, que é um democrata. Do outro, um aspirador a ditador, que é o Bolsonaro”.
Ciro completou a mensagem dizendo que “nunca me ausentei ou me ausentarei da minha luta pelo Brasil. Sempre me posicionei e me posicionarei na defesa do país”.
“Adianto que não pleiteio e nem aceitarei qualquer cargo em eventual futuro governo”. Ciro deve “seguir estudando e apresentando ideias para recuperar o nosso país”.
Ciro Gomes terminou a disputa em quarto lugar com 3,5 milhões de votos, o que representa pouco mais de 3% do total.
Simone Tebet (PMDB) ficou em terceiro lugar, recebendo 4,9 milhões de votos, representando 4,16% do total.
Simone fez um aceno à candidatura de Lula, mas informou que vai esperar a definição dos partidos que a apoiaram (MDB, PSDB, Cidadania e Podemos) para falar publicamente.
“Eu tenho lado e vou me pronunciar no momento certo. Só espero que vocês entendam que esse não é qualquer momento do Brasil”, disse.
O Cidadania já decidiu apoiar Lula porque Bolsonaro “representa risco ao Estado Democrático de Direito”, segundo Roberto Freire, presidente da legenda.