O ex-governador do Ceará, Ciro Gomes, vice-presidente do PDT, criticou o apetite voraz do governo federal que aumentou os gastos com alimentos em meio a pandemia.
“O mesmo presidente que diz que o Brasil está quebrado gasta esses valores com dinheiro público em plena pandemia: R$ 15 milhões em leite condensado, R$ 16 milhões em batata frita e R$ 31 milhões em refrigerante”, publicou em suas redes sociais.
Em 2020, a comilança do governo gastou R$ 1,8 bilhão em alimentos, o que significa um crescimento de 20% em relação a 2019.
Além dos gastos com leite condensado, batata frita e refrigerante, foram muito comentados na internet os gastos de R$ 1 milhão com alfafa e R$ 2,2 milhões com chicletes.
De algum jeito, Bolsonaro deve ter descoberto que assim como a cloroquina, os chicletes são tiro e queda contra o coronavírus, daí tamanha quantidade. A alfafa, então…
“Enquanto isto, o povo sofre sem oxigênio, sem auxílio e sem vacinas”, continuou o ex-governador.
O caso gerou memes na internet. Uma imagem imitando a lata do leite moça condensado, com a cara de Bolsonaro, virou “Moçanaro”.
Outra imagem traz Bolsonaro com uma caixa de cloroquina na mão e na outra do leite moça com um texto que diz: “Ex-usuário de cloroquina conta como venceu o vício substituindo o remédio por leite condensado”.
Um Twitter ironiza: “Bolsonaro recomenda leite condensado com cloroquina para tratamento precoce contra a Covid-19”.
Ciro informou que o PDT entrou “com a ação no Supremo Tribunal Federal pedindo investigação sobre os gastos absurdos de Bolsonaro. Leite condensado aos milhões enquanto falta oxigênio? Que os responsáveis sejam punidos!”.
Os senadores Alessandro Vieira (Cidadania-SE) e Randolfe Rodrigues (Rede-AP), e os deputados federais Tabata Amaral (PDT-SP) e Felipe Rigoni (PSB-ES) protocolaram, na terça-feira (26), uma representação no Tribunal de Contas da União (TCU) contra a Presidência da República. Os parlamentares querem que o órgão investigue os gastos do Executivo em alimentação, que somaram R$ 1,8 bilhão em 2020.