O bispo auxiliar de Brasília (DF) e secretário-geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), dom Leonardo Ulrich Steiner, alertou, durante reunião do Conselho Permanente da CNBB, entre os dias 19 e 21 de junho, que não se pode perder a soberania sobre os bens que estão ligados à Eletrobras e à Petrobras: água, petróleo, gás e energia elétrica.
Durante a reunião, os bispos debateram sobre a necessidade de defender a soberania do Brasil, teme que tem sido abordado desde o ano passado.
Segundo a CNBB, durante a 52ª Assembleia do Conselho Episcopal Regional Nordeste 2 da CNBB, em setembro de 2017, os bispos de Alagoas, Paraíba, Pernambuco e Rio Grande do Norte posicionaram-se a respeito da privatização da Companhia Hidro Elétrica do São Francisco (Chesf), que é vinculada à Eletrobras, estatal na lista de privatizações pelo Governo Federal. Para os prelados, a ação causará “um grande impacto”, afetando especialmente as populações ribeirinhas, agricultores familiares e ao meio-ambiente. O Conselho Regional convocou toda a sociedade a uma maior reflexão sobre as consequências da privatização da Chesf, “que viria causar danos irreparáveis ao meio ambiente e à sociedade”.
O regional Sul 3 da CNBB também se posicionou sobre a privatização das estatais em texto assinado por seu presidente, o arcebispo de Porto Alegre (RS), dom Jaime Spengler, divulgado em dezembro. “É preocupante o descrédito da política, o avanço da corrupção e a dilapidação do patrimônio nacional. Assiste-se a entrega das riquezas naturais à exploração desenfreada de empresas multinacionais, que olham para nossos bens naturais apenas com o olhar da ganância e da avareza”.
“O patrimônio natural do Brasil é dos brasileiros”, ressaltou dom Jaime. “Sejamos defensores dos ideais da cidadania, da esperança e da soberania da população sobre o uso adequado do patrimônio do país, para que esteja a serviço do bem comum”.
Com informações do site da CNBB.