O faturamento industrial recuou pelo segundo mês consecutivo. O emprego e as horas trabalhadas caíram 0,1%. A utilização da capacidade instalada também recuou, assim como o rendimento real e a massa salarial. Para CNI, a “recuperação” perdeu fôlego em setembro.
A Confederação Nacional da Indústria (CNI) divulgou os indicadores industriais de setembro, com recuo generalizado, o que demonstra que “os resultados evidenciam as dificuldades que a indústria vem atravessando para mostrar uma trajetória sustentada de crescimento”.
Após recuar 1,1% em agosto, o faturamento real da indústria caiu 0,9%. No acumulado de janeiro a setembro, ficou 2,9% menor que no mesmo período do ano passado.
O emprego na indústria de transformação repetiu o resultado de agosto, recuo de 0,1%, com ajuste sazonal. Já no acumulado do ano até setembro o emprego industrial é 3,4% inferior na comparação com o mesmo intervalo de 2016.
Ante agosto, as horas trabalhadas na produção recuaram 0,1%, na série com ajuste sazonal, e no acumulado entre janeiro e setembro de 2017 a queda foi de 3%, em relação com igual período do ano anterior.
A massa salarial real paga pela indústria diminuiu 1,2% na comparação com agosto, após o ajuste sazonal. No período janeiro-setembro do ano o recuo é de 2,4% ante o mesmo período de 2016.
O rendimento médio real caiu 2,2% frente a agosto, na série com ajuste sazonal, mas o acumulado no ano ficou 1,1% maior que o registrado em igual período do ano passado.
A Utilização da Capacidade Instalada (UCI) ficou em 77,5%, com ajuste sazonal, o que representa queda de 0,2 ponto percentual na comparação com agosto. A utilização média em 2017 até setembro é de 77,2%, percentual idêntico ao registrado em 2016.
Segundo a CNI, “essa falta de uma sequência de resultados positivos mantém a indústria em níveis inferiores ao registrado em igual período de 2016”.