“Entre os grandes problemas estruturais da Previdência Social estão os devedores”, denuncia a Confederação Brasileira de Aposentados e Pensionistas (COBAP) em artigo publicado no site da entidade.
A entidade remete a dados da Procuradoria Geral da Fazenda Nacional (PGFN), que estudou e classificou 32.224 empresas que mais devem, e constatou que apenas 18% são extintas. A grande maioria (82%) está ativa.
“São, portanto, milhares de devedores da Previdência Social, que incluem bancos públicos e privados, governos estaduais, prefeituras municipais, empresas aéreas, empresas estatais, grandes hospitais públicos e privados, empresas multinacionais, clubes de futebol, entidades “filantrópicas” (lucrativas), cooperativas, grandes empreiteiras, empresas prestadoras de serviços, indústrias, e muitas outras empresas e instituições de todos os segmentos econômicos do Brasil”, diz a COBAP.
Conforme a Confederação, “se pegar todas as empresas que devem mais de 100 mil reais chega-se a uma quantia superior a um trilhão de reais. Com esse dinheiro a Previdência ficaria muito bem financeiramente e os aposentados e pensionistas poderiam recuperar suas perdas salariais que já somam mais de 86%”.
O artigo cita ainda a morosidade da Justiça, além de programas de parcelamento do governo, como alguns dos principais fatores que explicam a alta dívida previdenciária do país e completa, “falta, pois, administração e fiscalização”.
A COBAP realizou uma pesquisa de informações e obteve “uma lista dos 500 maiores devedores com os nomes, CNPJ e os valores das dívidas. Esses 500 maiores devedores devem R$ 426 bilhões aos cofres da Previdência Social”.
“É um absurdo que, além do Governo desviar muito dinheiro da Previdência para pagar os juros da dívida pública do Estado (através da Desvinculação das Receitas da União – DRU, desoneração da folha, desvios orçamentários, etc.), ainda temos esse triste quadro de devedores sem que o Governo tome qualquer atitude forte no sentido de cobrá-los e também penalizá-los”, diz o artigo.
Existe uma orquestração entre os “grandes Jornais” para não informar a real situação da previdência.
Quero entender quem comanda esta orquestração dos grandes Jornais, existe uma força oculta?
Os desempregados, migrantes, favelados e pobres necessitam de uma ajuda, mas acho que a previdência deveria ser creditada para o contribuinte individual.
Penso que o outro grande absurdo na previdência é o homem urbano ter que bancar o risco das demais categorias: rurais, mulheres, militares, professores e pensões. Cada categoria assuma o seu risco