As autoridades do estado de Washington alertaram os norte-americanos, nesta quarta-feira, para os riscos da realização de “festas Covid-19” em que os presentes buscam se contagiar, a fim de desenvolver anticorpos e ficar imunes ao coronavírus. A Organização Mundial da Saúde (OMS) adverte para os riscos da iniciativa irradiar a pandemia.
Por estas e outras iniciativas de Trump – como a declaração de que a Covid-19 seria mais uma “gripezinha” -, até o começo da tarde desta quinta-feira os Estados Unidos continuam encabeçando a lista dos países mais afetados pela enfermidade. Conforme os dados oficiais, são norte-americanos 1,26 milhão dos 3,78 milhões de contagiados e 74.665 dos 265 mil mortos no planeta.
“A reunião em grupos no meio desta pandemia pode ser incrivelmente perigosa e coloca as pessoas em maior risco de hospitalização e, inclusive, de morte”, alertou o secretário de Saúde de Washington, John Wiesman, frisando que não se sabe inclusive se as pessoas recuperadas desta doença poderão vir a adquirir imunidade. “Há muitas coisas que desconhecemos sobre este vírus, incluindo qualquer problema de saúde a longo prazo que possa vir a deixar”, acrescentou.
De acordo com Wiesman, “este tipo de comportamento pode criar um aumento inevitável de casos e tornar ainda mais lenta a capacidade do nosso estado para, lentamente, voltar ao normal”.
A preocupação com este tipo de festas veio a partir de denúncias de funcionários da cidade de Whala Whala, situada a sudoeste de Seattle, que apontaram que vários dos mais de 100 casos da região se contagiaram nelas.
A diretora de Saúde de Walla Walla, Meghan DeBolt, disse que 25 pessoas confirmaram estar em uma “festa Covid-19”, comportamento que qualificou como “irresponsável”, exigindo o respeito às medidas de distanciamento físico e social para prevenir a transmissão. “Necessitamos usar o sentido comum e ser inteligentes, à medida em que avança a epidemia”, frisou.
Uma outra “festa” destas foi descoberta em março nos Estados Unidos, em Kentucky.