“Prejudica a continuidade do crescimento econômico, o investimento produtivo e a geração de emprego e renda no país”, afirmou o Conselho Nacional de Desenvolvimento Industrial (CNDI) sobre a alta de 1 ponto percentual na taxa básica de juros pelo BC
O Conselho Nacional de Desenvolvimento Industrial (CNDI), presidido pelo vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Geraldo Alckmin, aprovou uma moção crítica à decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) de elevar em 1 ponto percentual a taxa de juros básica da economia (Selic), que saiu de 11,25% para 12,25%, na última quarta-feira (11).
O colegiado não divulgou o documento na íntegra, mas afirma em nota, que a decisão do BC “prejudica a continuidade do crescimento econômico, o investimento produtivo e a geração de emprego e renda no país”. O CNDI é composto por 20 ministérios, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), além de 21 entidades da sociedade civil.
DECISÃO “TOTALMENTE INJUSTIFICADA“
Ontem, após a divulgação do criminoso aumento na taxa básica de juros pelo Banco Central, a Confederação Nacional da Indústria (CNI) divulgou afirmando que a decisão é “incompreensível e totalmente injustificada”.
“O Banco Central ignora a desaceleração da atividade econômica, já observada no PIB do terceiro trimestre, e a tendência de redução de juros nas principais economias globais, como os Estados Unidos, que partem para o terceiro corte seguido nos juros na próxima semana”, sustenta a entidade.
A Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (FIEMG) também se manifestou contra o novo aumento dos juros pelo BC, afirmando “que juros excessivamente altos podem gerar mais danos à economia do que oferecer soluções eficazes”. Os empresários mineiros defendem “cortes urgentes na Selic, como medida essencial para estimular o setor produtivo e evitar um ciclo de estagnação econômica”.
A Federação das Indústrias do Estado da Bahia (FIEB) também considerou a elevação da taxa Selic para 12,25% pelo Copom como “uma medida excessivamente restritiva, que prejudica a recuperação econômica e amplia os desafios enfrentados pelo setor produtivo, induzindo a redução de investimentos e gerando perda de competitividade”.