O Ministério das Relações exteriores da República Democrática Popular da Coreia – RPDC através de seu porta-voz criticou os EUA e o Japão por reunião sobre a não proliferação no Conselho de Segurança da ONU. Em um comunicado publicado em Pyongyang na última quinta-feira (14) a RPDC reiterou que a posição do seu governo é de cumprir com sinceridade seu dever de não-proliferação e condenou a ONU por sua parcialidade.
A nota informa que o Japão “instigado pelos EUA e aproveitando sua ligeira passagem pela presidência do órgão da ONU” trata de reunir os ministros dos países membros do CS para discutir a “não-proliferação de armas nucleares da RPDC”.
Segundo o MINREX da Coreia “isso não passa de uma farsa, não é mais que ardil barato dos EUA” impressionados com o desenvolvimento do país socialista que em meio às maiores pressões, sanções econômicas, provocações e chantagens nucleares dos EUA e seus aliados tem conseguido realizar seu projeto de desenvolvimento nuclear autodefensivo.
O MINREX assinala que se esses países “necessitam discutir o tema da “não proliferação” devem antes de tudo fazer sentar no banco dos réus os EUA, caudilho da proliferação vertical e horizontal que investe fundos astronômicos na modernização de suas armas nucleares e obstaculiza por todos os meios a desnuclearização do Oriente Médio e Japão que está na espreita pela oportunidade para a qualquer momento fabricar suas armas nucleares para o que já armazena uma grande quantidade de plutônio”.
“A fabricação de armas nucleares pela RPDC constitui uma inevitável medida autodefensiva tomada para defender a soberania e o direito à existência e ao desenvolvimento do país ameaçado a partir da chantagem nuclear feita pelos EUA. Por essa razão os EUA deveriam ser o primeiro país a ser inquirido quanto à responsabilidade pela proliferação de armas nucleares.
“Também precisa ser questionado o fato da ONU, que tem a missão de garantir a paz e a segurança internacional e que apresenta como sua vida a imparcialidade em suas atividades, bailar ao som da música que toca o país norte-americano convertendo-se em sua marionete.
“Essa organização internacional questiona as medidas da RPDC para sua defesa legítima e faz vista grossa às suas reiteradas apelações contra os provocativos e agressivos treinamentos militares conjuntos, expressão concreta de ameaça e chantagem nuclear dos EUA; e se congraça com toda paixão e zelo com este país norte-americano obstinado pelas sanções e pressões.
“Como ficou esclarecido na declaração do governo da RPDC, a fabricação e desenvolvimento de armas estratégicas de nosso país são absolutamente para defender a soberania e a integridade territorial do país e a vida pacífica do povo contra a política de chantagem nuclear e a ameaça nuclear do imperialismo norte-americano. Portanto, esses meios da RPDC não servirão de ameaça para nenhum país ou região enquanto estes não prejudicarem os interesses da RPDC.
“Sendo uma potência nuclear responsável e Estado amante da paz, a RPDC cumprirá com sinceridade seu dever de não proliferação assumido diante da sociedade internacional e fará todos os seus esforços para lograr o nobre objetivo de defender a paz e a estabilidade do mundo”, finaliza o comunicado.
Seguindo a cartilha imposta pelos EUA o presidente da Coreia do Sul, Moon Jae In esteve entre 13 e 16 de dezembro em Pequim para pressionar a China a aumentar as sanções contra a RPDC, afirmando que as sanções contra a RPDC é o que pode garantir a paz e a desnuclearização da Península Coreana, e elogiou o governo dos EUA “por chamar a RPDC ao diálogo” segundo informou a Xinhua.
Dias atrás o secretário de Estado dos EUA Rex Tillerson disse em Washington em uma reunião organizada pela Fundação da Coreia e pelo Conselho Atlântico que “os EUA estão dispostos a realizar a primeira reunião com a RPDC sem condições prévias”. Antes disso os EUA exigiam que para discutir com a RPDC era preciso que ela abrisse mão de seu programa nuclear. Tal postura intransigente não podia mesmo dar certo, mas ter que assumir uma atitude mais razoável – ou menos histérica – em relação à Coreia Popular não deixa Trump e seu Rex nada satisfeitos, por isso mais que nunca o Japão e a Coreia do Sul devem ser acionados . Afinal fantoche é fantoche, ora bolas!
ROSANITA CAMPOS