A deputada federal Cristiane Brasil (PTB-RJ), que foi impedida de assumir o Ministério do Trabalho por desrespeitar a lei trabalhista e por ser investigada por integrar uma organização criminosa composta de políticos e servidores públicos que cometeram fraudes na concessão de registros sindicais pelo Ministério do Trabalho, imitou o PT e disse que está sendo vítima de “ativismo judicial”. Não por acaso, este é o “argumento” apresentado por Lula e os demais corruptos. Eles gostariam que a Justiça não estivesse em atividade para seguirem roubando o patrimônio público sem ser incomodados.
“Eu acho lindo esse ativismo judicial, só que é proibido. Eu sou contra esse ativismo judicial. Ele não favorece nada ao combate à corrupção”, disse ela. “Hoje em dia, existe um novo dicionário de crimes, que são inventados por esses promotores, delegados e juízes, porque eles não existem no código penal, não existem”, completou. A deputada está insinuando que vender carta sindical por R$ 4 milhões não é crime. Se não é crime, o que seria, então? O fato de Toffoli liberá-la para se encontrar com outros integrantes da quadrilha não quer dizer que ela não esteja envolvida, só comprova aquilo que todos já sabem: que Dias Toffoli está usando seu cargo para soltar corruptos.
Investigada pela Operação Registro Espúrio, ela foi autorizada a se encontrar com outros envolvidos nos crimes pelo ministro Dias Toffoli. Ela estava impedida de encontrá-los para evitar combinações e arranjos que pudessem atrapalhar as investigações. A filha de Roberto Jefferson, estava proibida, por decisão do ministro Luiz Edson Fachin, relator do inquérito, de manter contato com os outros investigados no processo. Ela não só se reuniu festivamente com outros investigados, como ironizou o Ministério Público e a Justiça.
A Registro Espúrio tem entre seus alvos outros deputados do PTB, entre os quais Jovair Arantes (GO). A operação resultou na recente demissão de Helton Yomura (PTB-RJ) do cargo de ministro do Trabalho.
Em tom irônico ela disse o “PTB agora virou criminoso político. Então, eu digo para vocês, através de nosso presidente, através de nossos movimentos, que podem bater, podem bater doído na gente, porque no final das contas se nós temos uma Constituição, se fazemos prevalecer as leis deste país, a verdade prevalecerá e a inocência dos nossos dirigentes também prevalecerá. Nós vamos cobrar que a Justiça seja feita”, declarou a deputada em discurso durante a convenção.