O Brasil é o quarto país em termos de aquisição de vacinas contra a Covid-19 – para dar cobertura a sua população – entre as cinco maiores economias da América Latina
Pesquisa realizada pela Universidade Duke, situada na Carolina do Norte, EUA, divulgada no dia 5, mostra o Brasil na quarta colocação no continente latino-americano se consideradas as cinco maiores economias da região.
A universidade norte-americana tem feito um trabalho de monitoramento dos acordos firmados para a aquisição de vacinas em todos os países.
De acordo com a Duke, nosso país está atrás do Chile, México e Argentina. O Brasil só consegue se posicionar à frente da Colômbia, cujo governo até agora não especificou nenhum detalhe de qualquer plano de imunização de sua população.
Conforme a pesquisa, o Brasil teria adquirido – mas ainda não aportadas, além da Coronavac – doses de vacinas para atender, no máximo, 100 milhões de habitantes.
O governo brasileiro fechou acordo de compra apenas com a Astrazeneca/Osford (até agora a de menor eficácia pesquisada), capaz de atender a pouco mais de 50 milhões de brasileiros. Teríamos mais 50 milhões de atendidos se consideradas as aquisições do governo de São Paulo, com a Coronavac, junto à chinesa Sinovac e ainda acordos entre o Instituto Gamaleya, que produz a Sputnik V, e os governos do Paraná e da Bahia (ainda sem o aporte de recursos para a assinatura dos contratos de aquisição e sem aporte financeiro por parte do governo federal para esta aquisição). Mesmo juntando todas, teríamos apenas o suficiente para imunizar menos da metade de nossa população.
ARGENTINA E CHILE
Enquanto isso, a Argentina já garantiu a imunização de mais da metade de sua população para 2021. Nosso vizinho ainda pretende ampliar as aquisições com compras, junto ao Instituto Butantan, de milhões de doses da vacina Coronavac.
Na corrida para proteger seus habitantes, o Chile já garantiu a compra de vacinas para imunizar a todos, sendo o único a assegurar a quantidade necessária para isso.
Observe-se que o Brasil, com um dos governos mais negacionistas da ciência no combate à pandemia, acabou por macaquear a Casa Branca e se afastar da Organização Mundial da Saúde (OMS). Com isso, deixa de acessar o sistema Covax com o qual a entidade mundial vinculada à ONU busca atender às populações do planeta que não habitam os países ricos. A Bolívia, por exemplo, está se valendo do sistema Covax para atender parte de sua população.