
O delegado de Paulínia, no interior de São Paulo, foi afastado do cargo após a desastrada operação de busca e apreensão na casa de Marcos Claudio Lula da Silva, filho de Lula.
A operação de busca e apreensão na casa de Marcos Claudio Lula da Silva foi autorizada pela Justiça. Apesar disso, nada de irregular foi encontrado no imóvel. A nota da Secretaria de Segurança de São Paulo não dá o nome do delegado afastado. Nos jornais aparecem os nomes de dois delegados de Paulínia: Carlos Renato Ribeiro e Rodrigo Galazzo.
Na quarta-feira (11), após um pedido feito pelo advogado de Marcos Claudio, todos os objetos apreendidos foram devolvidos por não apresentarem nenhuma evidência de prática criminosa.
A juiza Marta Brandão Pistelli, da 2ª Vara do Fórum de Paulínia, que autorizou a operação, alega que “foi enganada” pelo delegado e que no pedido de busca não identificava o morador da residência. Ela não explicou se é normal autorizar buscas sem a identificação dos moradores. Disse também que autorizara que a polícia visitasse apenas um local, e não dois.
Alegando uma suposta “denúncia anônima” (tudo indica que foi forjada), o delegado e três investigadores armados foram na casa de Marcos Lula atrás de “drogas e armamento pesado”. Eles não encontraram nada, mesmo assim o delegado levou dois computadores, CDs, DVDs e pen drives que encontraram na casa – e ainda foram para um segundo endereço, onde também não acharam nada.
Marcos Lula, filho biológico de Dona Marisa, foi criado como filho mais velho de Lula. Ele foi vereador e diretor de Turismo e Eventos na Prefeitura de São Bernardo do Campo (SP) durante a primeira gestão de Luiz Marinho (2009-2012).