O diretor da Polícia Federal, delegado Rodrigo de Melo Teixeira, explicou que o “jornalista” português que veio para o Brasil trabalhar na manifestação bolsonarista, Sergio Tavares, foi retido no Aeroporto de Guarulhos porque defendeu golpe de Estado no Brasil e “flertou com criminalidade” em suas redes sociais
Teixeira, que é diretor da Polícia Administrativa da PF, esteve na Comissão de Segurança Pública do Senado, na terça-feira (19), onde os bolsonaristas tentaram criar um cenário de “perseguição” ao português por ser de direita.
O delegado Teixeira disse que o “jornalista” pôde entrar no país porque não tinha nenhuma condenação, mas que se recusou a responder às perguntas sobre seu apoio ao grupo criminoso que atacou Brasília no dia 8 de janeiro.
Na internet a PF conseguiu encontrar facilmente “‘N’ manifestações desse senhor Sergio Tavares que beiram um aspecto criminal ou flertam com a criminalidade”.
Sergio Tavares atacou a honra de ministros do STF e disseminou mentiras sobre as urnas eletrônicas acusando-as de serem “fraudadas”.
Além disso, o português “fez manifestação favorável ao que teve no 8 de janeiro, com invasão inclusive aqui, do Senado”.
“Ele [Sergio Tavares], questionado sobre ataque à honra de ministros da Suprema Corte que ele faz na rede social dele… Não é questão só de ser ministro da Suprema Corte. Eu não posso fazer um ataque à honra do senhor, que é senador, ou de qualquer cidadão, ou contra mim, que sou delegado. Ataque à honra considera-se crime no nosso ordenamento legal”, continuou.
Rodrigo de Melo Teixeira explicou aos senadores que a Polícia Federal faz uma análise do perfil de cada pessoa que entra no Brasil, mas sem entrar em nenhum aspecto ideológico ou político. Dessa forma, a PF protege o país da entrada de potenciais criminosos.
“Temos no nosso controle migratório as pessoas que estão sob alerta, que são entrevistadas”, como no caso do português Sergio Tavares, “e as que sofrem restrição”, quando a pessoa deve ser presa ou impedida de entrar no país.
Sergio Tavares veio para o Brasil para, segundo ele, trabalhar na cobertura da manifestação de apoio ao ex-presidente Bolsonaro, no final de fevereiro.