A deputada federal Alê Silva (PSL-MG) decidiu ir à Polícia Federal nesta semana solicitar agilidade nas investigações sobre as ameaças que recebeu do ministro do Turismo Marcelo Álvaro Antônio por denunciá-lo no esquema de candidaturas laranja em Minas Gerais. Ela já enviou documento solicitando informações sobre as investigações.
De acordo com a deputada, ela espera que “providências legais cabíveis” sejam tomadas pelas autoridades. Ela prestou depoimento em abril à Polícia Federal em Brasília e denunciou o ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio, por ameaça de morte. Ela disse que foi informada por um correligionário sobre a ameaça que ocorreu no fim de março, em Belo Horizonte.
A parlamentar mineira confirmou a existência de esquema de candidaturas laranjas comandado por Marcelo Álvaro Antônio em Minas Gerais e pediu proteção policial.
“Duas laranjas, Debora Gomes e Milla Fernandes, são da minha região. Eu andei palmo a palmo todo o Vale do Aço e nunca ouvi falar delas durante o período de campanha. […] Tudo o que eu pesquisei e o que foi relatado pelas laranjas que acusaram o ministro tem extrema consistência”, afirma à época a deputada federal.
Segundo a parlamentar, ela ouviu o relato da ameaça de morte no início de abril, uma segunda-feira, em seu escritório político de Ipatinga. Nesse dia, um político do PSL de Minas que esteve com Álvaro Antônio em Belo Horizonte (ela diz ter repassado o nome do político à Polícia Federal) foi de carro da capital mineira a Ipatinga (216 km) para lhe relatar o que havia ocorrido pessoalmente – evitando assim falar por telefone.
“Eu de fato me sinto ameaçada, pelos últimos acontecimentos. Ele (o ministro) não fala diretamente comigo. Essas pessoas não usam mais telefone, têm medo de estar grampeadas. Então mandam interlocutores. Um deles me disse que ele estava com ódio mortal de mim, que se eu soubesse de mais alguma coisa, que era para eu ficar quieta”, contou a deputada.