
O doleiro Adir Assad relatou que o operador de propinas do PSDB, Paulo Vieira de Souza, o Paulo Preto, mantinha malas com dinheiro atrás de uma parede falsa em sua residência.
Segundo Assad, em depoimento da sua colaboração premiada, a casa de Paulo Preto, na Vila Nova Conceição, região nobre de São Paulo, serviu em alguns momentos como depósito de dinheiro sujo a ser distribuído. Adir Assad afirmou que chegou a retirar 15 malas com R$ 1,5 milhão da casa do ex-diretor da Dersa.
Em um dos cômodos da casa, um ateliê de pintura, havia um quadro grande atrás do qual se escondia um cômodo no qual se escondiam as malas de dinheiro. “Um cômodo com prateleiras, onde Paulo deixava guardadas diversas malas, todas cheias de dinheiro”, afirmou Adir.
Paulo Preto foi, entre 2005 e 2006, coordenador do grupo de investimentos rodoviários entre o Estado e os municípios, e a partir de 2007 virou diretor da Dersa, estatal que cuida das rodovias do estado.
Ele é investigado em inquérito no Supremo Tribunal Federal (STF) por desvios de ao menos R$ 100 milhões em recursos do Rodoanel.
De acordo com as investigações, Paulo Preto criou uma empresa, denominada P3T, para absorver seus bens, como imóveis e uma lancha. Para os investigadores da Lava Jato, trata-se de uma manobra para blindar bens e evitar confiscos determinados pela Justiça.
A empresa absorveu, logo após sua fundação, quatro apartamentos de Paulo Vieira de Souza e sua esposa, avaliados em R$ 3,4 milhões, e, depois, o apartamento em que o operador morava antes de ser preso avaliado em R$ 5 milhões. Além deles, a empresa absorveu uma lancha da Volvo.
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