Irmãos Germán Efromovich e José Efromovich pagaram R$ 40 milhões em propina a Sérgio Machado, então presidente da Transpetro, em troca de contrato com estaleiro da família
Os empresários Germán Efromovich e José Efromovich foram presos em São Paulo na 72ª Fase da Operação Lava Jato na manhã desta quarta-feira (19). Além das prisões, seis mandados de busca e apreensão foram cumpridos em Alagoas e no Rio de Janeiro na atual fase da operação, que foi batizada de “Navegar é Preciso”. A Justiça também determinou o bloqueio de R$ 651 milhões dos irmãos Efromovich e de empresas controladas por eles.
Os dois irmãos são acusados de terem pago cerca de R$ 40 milhões em propina a Sérgio Machado, então presidente da Transpetro, entre 2009 e 2013. Segundo o Ministério Público Federal, a propina foi paga para a obtenção de contratos do Estaleiro Ilha S/A (Eisa) – uma das empresas da família Efromovich – com a Transpetro, subsidiária da Petrobras. Sérgio Machado cumpre prisão domiciliar e tem acordo de colaboração premiada com o MPF.
O contrato previa a produção de quatro navios do tipo Panamax, com 228 metros de comprimento e capacidade para transportar 550 mil barris de petróleo. O estaleiro estava parado desde 1997. Os navios seriam usados pela Transpetro no transporte de óleo cru e dos chamados produtos escuros (como o óleo combustível).
Segundo o MPF, o pagamento da propina teria sido efetivado quando a Transpetro contratou o estaleiro dos irmãos Efromovich para a construção dos quatro navios. O valor do contrato era de R$ 857 milhões. Relatório de uma consultoria apontava que a Eisa não tinha capacidade para atender o contrato. No final, apenas um dos navios foi entregue à Transpetro, segundo as investigações.
Os pagamentos a Sérgio Machado, segundo os procuradores, aconteceram de duas formas. Primeiro, Germán Efromovich e Sérgio Machado fecharam um contrato de falso investimento que previa uma multa de R$ 28 milhões em caso de cancelamento do aporte. De acordo com o MPF, a propina foi paga na forma da multa. Os pagamentos ocorreram por meio de contas bancárias da Suíça pelo filho de Sérgio Machado. Outra parte da propina, de mais de R$ 12 milhões, foi paga na forma de juros de um empréstimo feito por Machado a Efromovich.
Em 2017, a Transpetro contratou uma empresa de recuperação de ativos para investigar os negócios firmados entre a família Efromovich e a companhia. No relatório de conclusão da investigação interna, a empresa concluiu que existia uma “gigantesca, complexa e sofisticada estrutura financeira internacional arquitetada para, dentre outras finalidades, blindar Gérman, em sua pessoa física” . A apuração indicou que a atuação dos executivos do estaleiro Eisa junto a Sérgio Machado causou prejuízos de mais de R$ 611 milhões à Transpetro. Além da entrega irregular de apenas um dos navios contratados, o contrato do estaleiro com a companhia ainda gerou a transferência de dívidas trabalhistas da Eisa à Transpetro.
“Chama a atenção neste caso a sofisticação utilizada para esconder o pagamento de propina. As provas indicam que foram firmados contratos sem lastro na realidade, envolvendo campos de petróleo no exterior e empréstimos simulados com empresas constituídas em paraísos fiscais”, explicou a procuradora da República Luciana Bogo.
Em nota, a Transpetro disse que desde o princípio das investigações, colabora com o Ministério Público Federal e encaminha todas as informações pertinentes aos órgãos competentes. A companhia reiterou que é vítima nestes processos e presta todo apoio necessário às investigações da Operação Lava Jato.
Os irmãos Efromovich também são sócios da Avianca Holdings, que era a segunda maior companhia aérea da América Latina, mas que está em recuperação judicial. Nem a Avianca Holdings nem Ocean Air (nome oficial da Avianca Brasil, que teve falência decretada) são citadas na investigação.
Germán Efromovich negou as acusações e afirmou que nunca pagou políticos ou executivos da Transpetro para ser favorecido em licitação para a construção de navios para a empresa. “Isso não existe. Ganhamos aquele contrato em uma licitação e, inclusive, eu processei. Tem uma ação contra a Transpetro porque não cumpriram o contrato”, disse Germán.
“Não devo nada. Nunca dei dinheiro em troca de contrato para político nenhum. Nem para executivo da Transpetro. Aliás, minhas contas são transparentes, já olharam, podem olhar tudo isso”, disse o empresário.
Sem medo de errar 80% dos empresários brasileiros são corruptos e grande parte deles estão na política, só com muito investimento em Educação Ciência e Tecnologia, está nação pode prosperar não há outro caminho e para ocorrer isto, democraticamente temos que caprichar na hora de votar desgoverno como o atual nunca mais, procuras saber a verdade e está ti libertará, portanto, a verdade acima de tudo, acorda povo e vamos a luta sem medo e sem ódio.
O Brasil, em 2018, último dado disponível do IBGE, fora coisas como “MEI”, que são PJ, mas não são empresas, tinha 4.937.861 empresas. Você acha que 80% do pessoal que controla essas empresas é composto de corruptos?