Com mais de 96% das urnas apuradas, os dois primeiros colocados nas eleições presidenciais chilenas são José Antonio Kast do partido Republicanos com 1.961.122 (27,91%) dos votos válidos e Gabriel Boric da coalizão Aprovo Dignidade, com 1.814.809 (25,83%) dos votos.
O candidato direitista, Kast suplantou o candidato do atual presidente, Sebastián Piñera, Sichel, que, após as denúncias de seu envolvimento em fraude eleitoral como divulgado pelo consórcio jornalístico investigativo no que ficou conhecido como os Pandora Papers, viu sua candidatura naufragar.
O candidato que reúne diversos partidos na Frente Ampla e mais o Partido Comunista do Chile, ficou em segundo lugar a 2 pontos percentuais de Kast e para chegar à Presidência deve apostar na mobilização para elevar o atual baixo número de votantes, que ficou em apenas 47,3% dos eleitores chilenos.
Segundo denúncias apresentadas ontem pelos jornalistas brasileiros reunidos no grupo Comunicasul, a abstenção foi estimulada pela redução no transporte coletivo e bloqueios policiais em rotas centrais da grande Santiago.
Boric tem pela frente o desafio de vencer estes obstáculos e elevar a mobilização com vistas, assim como formar novas alianças para superar a diferença no segundo turno previsto para dezembro.
Logo após conhecer os resultados Boric, que defende a elevação do valor das aposentadorias, entre outras medidas e programas sociais, deu início à conclamação aos chilenos ao declarar: “A decisão é uma só: ou avançamos para um Chile mais inclusivo e generoso ou continuamos na lógica da rejeição, da exclusão”.