
O governo da China está pedindo moderação para Índia e Paquistão, após os dois países trocarem tiros ao longo da fronteira pela quarta noite seguida. O governo indiano respondeu que estaria respondendo a disparos “não provocados” pelo país vizinho
Desde o ataque terrorista de 22 de abril, que matou 26 pessoas na Caxemira, região disputada entre a Índia e o Paquistão, elevaram-se as tensões entre os dois países. Dois dos três terroristas foram identificados com nacionalidade paquistanesa. O governo do Paquistão negou qualquer envolvimento com o massacre.
O ataque provocou uma reação entre o povo indiano e pedidos para uma escalada bélica contra o país vizinho, o Paquistão. O governo indiano está acusando o país vizinho de encorajar e financiar o terrorismo na região da Caxemira, região disputada entre os dois países que já tiveram duas guerras pelo controle da região. A Índia e o Paquistão, ambas as nações, possuem arsenal nuclear.
Nesta segunda-feira, 28, o governo da China, que tem fronteira com os dois países, pediu que as duas nações em pé de guerra diminuam as tensões. Também pedem “investigação imparcial” sobre o ataque terrorista.
Wang Yi, ministro das Relações Exteriores da China, disse no domingo, em um telefonema para o ministro das Relações Exteriores paquistanês, Mohammad Ishaq Dar, que o governo chinês está acompanhando o desenrolar da situação delicada entre os dois países. Ele espera que ambos os lados se contenham e trabalhem para uma solução pacífica.
Recentemente, o ministro da Defesa paquistanês, Khawaja Muhammad Asif, em entrevista ao site de notícias Reuters, que espera uma incursão militar indiana contra o Paquistão como iminente.
“Reforçamos nossas forças porque é algo que é iminente agora,” disse. Ele também acrescentou que seu país só irá usar seu arsenal nuclear se houver “ameaça direta à nossa existência”.