O Brasil registrou nesta terça-feira (30), um novo recorde diário de mortes por Covid-19, com 3.780 óbitos causados pela doença, de acordo com dados do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass).
A marca, que não incluiu os dados de Roraima, superou o recorde anterior, de sexta-feira (26), quando foram relatadas 3.650 mortes em decorrência do coronavírus.
Com os registros, 317.646 vidas já foram perdidas para a doença.
O levantamento do Conass, que compila dados de secretarias de Saúde dos 26 Estados e do Distrito Federal, apontou ainda 84.494 novos casos de covid-19 em 24 horas, com um total de 12.658.109 registros em pouco mais de um ano de pandemia.
Os casos confirmados de covid-19 somam 12.658.109 segundo o balanço do Conass fechado às 18h, sendo 84.494 diagnósticos contabilizados nas últimas 24 horas.
São Paulo é o Estado com mais mortes (73.492) e casos confirmados (2.446.680) de covid-19. Minas Gerais é o segundo Estado com mais casos (1.111.893) e o Rio de Janeiro é o segundo com mais óbitos (36.432).
O Estado de São Paulo também registrou novo recorde de óbitos nesta terça-feira. Com 1.209 mortes pelo coronavírus registradas nas últimas 24 horas.
Confira as datas com recorde de óbitos por Covid-19:
02 de março – 1.641
03 de março – 1.910
09 de março – 1.972
10 de março – 2.286
16 de março – 2.841
23 de março – 3.251
26 de março – 3.650
30 de março – 3.780
Todos os estados em “estoque crítico” de medicamentos para intubação
Um levantamento do Ministério da Saúde aponta que todos os Estados brasileiros e o Distrito Federal estão em “estoque crítico” de abastecimento de medicamentos para intubação de pacientes em meio ao agravamento da pandemia da covid-19. Nesta terça-feira (30), o secretário de Atenção Especializada à Saúde da pasta, coronel Luiz Otávio Franco Duarte, admitiu que houve um “desequilíbrio nacional muito rápido”.
Ele anunciou que o governo federal irá receber a importação de produtos por meio da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) e está em tratativas para receber doações da Espanha e de uma multinacional com sede no Brasil, além de haver uma “tentativa de doação” com a União Europeia. “Para essa semana, dependo de atitudes diretas com a indústria nacional”, destacou ao frisar que importações não são estimadas para os próximos dias.
Segundo o levantamento, todas as unidades federativas estão com “estoque crítico” de bloqueadores musculares, enquanto nove estão também com abastecimento insuficiente de analgésicos (Acre, Amapá, Alagoas, Distrito Federal, Ceará, Maranhão, Roraima, Rio de Janeiro e Tocantins) e 18 de sedativos (AC, AL, AP, BA, CE, DF, GO, MA, MS, MT, PI, PR, RJ, RN, RO, RR, SE e TO).
O secretário destacou que as requisições feitas aos fabricantes foram exclusivamente de unidades que não estavam comprometidas em contratos com os setores público e privado. Além disso, voltou a dizer que, neste momento, os estoques indicados são para até sete dias, como “nível se segurança”, e, caso seja superior, a indicação é haver empréstimos para outros municípios e instituições
Na audiência, um dos diretores da Federação Brasileira de Hospitais, que representa o setor privado, afirmou na mesma audiência pública que hospitais de pequeno e médio porte do interior já enfrentam falta de medicamentos. “Desde a semana passada, hospitais fecham leitos porque não tem como atender os pacientes”, afirmou.