
“Só passo bastão depois do morto”, disse o esganado pelo poder ao lado de Tarcísio
O ex-presidente Jair Bolsonaro disse, ao lado do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, que não vai “passar o bastão para ninguém”, mesmo com o Supremo Tribunal Federal (STF) iniciando o julgamento da denúncia contra ele.
No episódio do podcast Inteligência Ltda., na segunda-feira (24), do qual participou ao lado de Tarcísio, Jair Bolsonaro afirmou que “só passo bastão depois do morto”.
Durante o programa, o blogueiro bolsonarista Paulo Figueiredo, neto do ditador João Batista de Figueiredo, publicou em suas redes sociais que a presença de Tarcísio no programa seria “maldosamente retratada” como uma “passagem de bastão”.
Paulo Figueiredo avalia que Tarcísio não é suficientemente bolsonarista e é o “candidato do sistema”.
O governador de São Paulo falou que as pessoas “interpretaram erradamente a proximidade e o apoio”. “A gente vai estar junto do presidente Bolsonaro independente de qualquer interesse”, disse, acrescentando que ele é “o maior candidato da direita”.
Nesta terça-feira, o Supremo iniciou o julgamento da denúncia pela Procuradoria-Geral da República (PGR) que pode levar o ex-presidente à cadeia para liderar uma tentativa de golpe.
A investigação declarou que Jair Bolsonaro planejou o golpe desde os ataques violentos contra as urnas eletrônicas mentirosas, mas também tentou o apoio das Forças Armadas para decretar uma ditadura, o que não conseguiu.
O ex-presidente também foi tornado inelegível até 2030 pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) por abuso de poder e uso indevido dos meios de comunicação no episódio em que convocou embaixadores estrangeiros para uma reunião, transmitido nos meios oficiais, na qual mentiu sobre o funcionamento das urnas eletrônicas.