Nesta terça-feira (17), entidades sindicais, estudantis e movimentos sociais realizam um ato unificado contra a política de juros altos, com concentração marcada para as 10h, em frente à sede do Banco Central, na Avenida Paulista, 1804, em São Paulo.
O protesto ocorre no primeiro dia da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), que decidirá se mantém ou altera a taxa básica de juros (Selic), hoje em 10,5% ao ano. Para as entidades, o atual patamar extremamente elevado dos juros segue travando o crescimento econômico, a geração de empregos e os investimentos sociais no país.
As centrais Força Sindical, CUT, UGT, CTB, CSB e Nova Central Sindical convocam a população para pressionar o Banco Central por uma mudança de rumo. Segundo nota da Força Sindical, os dirigentes vão denunciar a ação dos grandes especuladores financeiros com uma encenação simbólica da “quadrilha dos especuladores” durante o ato na Avenida Paulista.
“Juros em patamares estratosféricos prejudicam a economia”, afirma Miguel Torres, presidente da Força Sindical, que ressalta o impacto direto sobre o custo de vida, a produção e o bem-estar da população brasileira.
A União Municipal dos Estudantes Secundaristas de São Paulo (UMES-SP) também participa do ato, defendendo que a juventude seja ouvida na definição da política econômica. Em nota, a entidade denuncia que quase R$ 1 trilhão é drenado por ano dos cofres públicos em função dos juros abusivos, enquanto escolas públicas enfrentam cortes e abandono.
“Enquanto o país transfere quase 1 trilhão de reais aos bancos por causa dos juros abusivos, nossas escolas públicas enfrentam falta de estrutura, cortes em programas de apoio e laboratórios abandonados. A conta dessa política econômica recai sobre o nosso presente e destrói o nosso futuro!”, diz a UMES. “Dia 17 de junho, nos vemos em frente ao MASP. Vamos ocupar as ruas e dizer: tá na hora de virar esse jogo!”, finaliza a entidade.
A Federação de Mulheres Paulistas (FMP) também confirmou presença na manifestação e defendeu a necessidade de uma virada na política econômica para enfrentar a alta no custo de vida. Em nota, convocou: “MENOS JUROS, MAIS COMIDA NO PRATO!”.
A presidente da FMP, Keila Pereira, reforça a urgência de investir no povo: “Se o custo de vida continua alto e o Brasil não parece melhorar, é justamente porque não mudou a política econômica. Precisamos acabar com o bolsa-banqueiro e voltar a investir no povo, investir na indústria e, principalmente, combater a carestia para amenizar o sofrimento das famílias brasileiras! Essa é a nossa bandeira amanhã em frente ao Banco Central.”
