
A justiça espanhola deu o prazo de 5 dias, que vence na segunda-feira (18), para que o cunhado do rei Felipe VI, Iñaki Urdangarin, se entregue às autoridades do país para dar início ao cumprimento da pena de cinco anos e dez meses de prisão por crimes de corrupção, conforme sentença confirmada pelo Supremo Tribunal da Espanha.
A notificação foi recebida por Urdangarin na quarta-feira (13) em sua residência, na cidade de Palma de Mallorca, onde vive com sua esposa, a princesa Cristina, e seus quatro filhos. O cunhado do rei foi julgado culpado no “Caso Nóos”, sob a acusação de desvio de recursos públicos por meio de uma fundação sem fins lucrativos. Além do crime de desvio, Urdangarin foi condenado por prevaricação, fraude contra a administração pública, crime fiscal e tráfico de influência, sendo absolvido, apenas, das acusações de falsidade ideológica.
O “caso Nóos” investiga o desvio de mais de 6 milhões de euros dos cofres públicos, entre os anos de 2003 a 2006, para o Instituto Nóos, entidade dirigida por Urdangarin em conjunto com o seu sócio, Diego Torres, que também tem cinco dias para se entregar para à Justiça para que comece a cumprir seus cinco anos e oito meses de prisão.
Entre os condenados no “Caso Nóos” também está o ex-presidente das Ilhas Baleares, Jaume Matas, condenado a três anos e oito meses, que já se entregou voluntariamente na prisão de Aranjuez, em Madri.
Para adiar o início do cumprimento da sentença, Urdangarin ainda pode recorrer ao Tribunal Constitucional ou solicitar um indulto ao governo.
Quando for preso, o cunhado do rei será o primeiro membro da nobreza espanhola a tornar-se presidiário.