
Milhares de estudantes, de 2.500 escolas americanas, organizaram uma manifestação nacional contra a violência nas escolas, na sexta-feira (20). A data foi escolhida em memória ao 19º aniversário do massacre da escola secundária de Columbine, no Colorado, onde dois estudantes mataram 12 colegas e um professor antes de se suicidarem.
Em Washington DC, centenas de jovens denunciaram a “Associação Nacional do Rifle” (RNA), em referência ao lobby das armas, que busca impedir qualquer restrição ao porte de armas de fogo, principalmente fuzis. Nesse sentido, durante o ato na capital, a estudante Briana, da escola técnica secundária do Brooklyn, afirmou que “os políticos simplesmente ficam em silêncio enquanto as pessoas estão morrendo”. Sobre o problema estrutural da violência nos EUA, a jovem disse que “não sabe dizer ao certo o quão violento o resto do o país é”, mas considera haver “algo de errado em nossa cultura”.
Para o estudante Triston, da escola secundária Harvest, de Manhattan, as armas são usadas principalmente para “causar danos e não para proteção”. Para ele, há um profundo mal-estar na sociedade americana devido à pobreza e a falta de oportunidades. “Nosso país está tão quebrado que não ajuda às pessoas que precisam. Temos acesso mais fácil às armas do que às nossas necessidades básicas. Além do que, existem problemas de pobreza e opressão. Você também pode ver a polícia atirando em crianças inocentes”, completou o garoto.
Por sua vez, o jovem Khalilah, da escola secundária de Beacon, em Nova Iorque, comparou a violência dentro dos EUA a política belicista de seu país. “Durante todos os dias de nossas vidas estivemos em guerra. No Iraque, Afeganistão, Síria, Líbia, Iêmen e Palestina, a dor das vítimas de Parkland e Columbine é sentida todos os dias. Isso é obra das bombas e armas pagas pelos EUA”.