Zezinho do PT, ex-vereador da cidade de Jandira, foi assassinado a queima roupa em frente à sua casa na tarde desta sexta-feira (28) em São Paulo. O crime aconteceu por volta de 17h25, e moradores relataram ter visto uma pessoa armada se aproximando em um veículo.
O ex-vereador estava atuando na campanha de Fernando Haddad e de Luiz Inácio Lula da Silva, na cidade de Jandira, na Grande São Paulo. Ele tinha 51 anos e foi vereador em Jandira até 2020, quando decidiu abdicar do cargo para concorrer à prefeitura local, terminando em terceiro lugar, com 10% dos votos.
Neste ano, o ex-parlamentar foi candidato a deputado estadual em São Paulo, pelo PT, mas não conseguiu se eleger. Obteve 8.858 votos.
Segundo o portal G1, o deputado estadual Emídio de Souza, que atua na campanha de Haddad, deve ir ao local do assassinato.
A polícia não descarta nenhuma hipótese, mas a suspeita inicial é de vingança política, motivada por denúncias recentes feitas por Zezinho de um suposto esquema de corrupção na Prefeitura de Jandira.
“Ele fazia muitas denúncias e a gente já entrou em contato com o doutor Nico [Osvaldo Nico Gonçalves, delegado-geral da Polícia Civil de SP], para pedir uma investigação”, disse Emídio de Souza à TV Globo.
Nas redes sociais, lideranças políticas falaram em violência política e pedem investigação rápida sobre o caso.
“Recebo com muita tristeza e preocupação a notícia do assassinato do companheiro Zezinho, ex-vereador de Jandira e candidato a deputado federal na ultima eleição. O PT vai acompanhar o desenrolar desse crime e suas motivações”, afirmou o secretário de Comunicação do PT em SP, Jilmar Tatto.
“A milícia bolsonarista segue disseminando o terror agora em São Paulo também. Há pouco assassinaram a tiros o ex-vereador petista Zezinho, de Jandira (SP), candidato a prefeito em 2020 e a deputado federal nestas eleições”, declarou o deputado federal Alencar Santana (PT).
“Meus sentimentos aos familiares e companheiros próximos. Zezinho era um militante incansável em defesa da democracia e da justiça social e era querido por todos que o conheciam. Que os criminosos sejam punidos com celeridade pela Justiça!”, completou.
AGRESSÃO A JORNALISTA
Na última quinta-feira (27), uma jornalista foi agredida por usar no peito um adesivo do candidato à presidência Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em Curitiba (PR). Magaléa Mazziotti, repórter da CNN Brasil, estava indo ao encontro de amigos e foi surpreendida. “Tive o rosto cortado e estou com um galo na cabeça”, contou. Ela é especializada em economia, negócios e mercado financeiro.
Segundo apurado pelo portal Metrópoles, o autor da agressão seria um homem de 25 anos. Câmeras de segurança na região onde a agressão aconteceu estão sendo analisadas, e Magaléa registrou boletim de ocorrência na delegacia.
“Eu acho que foi porque estou com adesivos do Lula e expondo em quem vou votar no domingo”, contou a jornalista.
A profissional de imprensa levou quatro pontos no rosto. “Tomei porrada na cabeça e quatro pontos na cara. Não levaram nada. Tudo leva a crer que o que provocou a fúria foram os adesivos do Lula“, disse, apresentando um corte na face esquerda – levantando hipótese de mais um caso de violência política no Paraná. O caso está sendo investigado pela Polícia Civil do Estado do Paraná (PCPR).
“A PCPR está realizando diligências preliminares para apurar a autoria e circunstâncias da agressão. O caso ficará a cargo do 1° Distrito Policial da Capital”, divulgou a instituição em nota.
O Paraná tem se destacado no quesito violência política no período eleitoral com assassinato, assédio eleitoral, espancamentos e tiros – a exemplo daquele que atingiu a janela de um apartamento, no bairro Ahú, que exibia uma bandeira do MST.