Gabriel García Morales, ex vice-ministro colombiano de Transporte durante o governo de Álvaro Uribe foi condenado pela Corte 31 Penal de Bogotá a 5 anos e 2 meses de prisão por ter recebido 6,5 milhões de dólares de propina da construtora Odebrecht para que intercedesse a seu favor na adjudicação de uma obra.
A Promotoria colombiana afirmou que García Morales, o primeiro capturado pelo pagamento de subornos da Odebrecht na Colômbia, aceitou a acusação de “interesse indevido na realização de contratos e suborno impróprio” depois que teve a possibilidade de reduzir a pena pela metade. Depois do acordo, o ex vice-ministro se comprometeu a “ser testemunha em processos penais contra funcionários que receberam dinheiro como promessa remuneratória para favorecer o contrato da Rota do Sol II”, informou a Promotoria pelo Twitter.
Em um primeiro momento, García disse que era inocente, que era uma manobra para prejudicá-lo politicamente e todas as justificações que são já conhecidas, mas quando o representante da Odebrecht na Colômbia, Yesid Arocha, reconheceu que tinha lhe entregado 6,5 milhões de dólares para que apoiasse o consórcio em que participavam Odebrecht, Episol e Css Construtores na formulação do projeto, assim como em desqualificar as outras empresas que disputavam a obra por vícios de procedimento, e garantir condições favoráveis para a empresa, teve que aceitar as acusações.
Além da prisão, o ex vice-ministro de Transporte não poderá exercer nenhum cargo público e terá que pagar uma multa de 21.000 dólares.
A Promotoria colombiana assinalou que as propinas pagas pela Odebrecht na Colômbia foram de mais de 28 milhões de dólares e não de 11 milhões como tinha sido divulgado alguns meses atrás.