
“É uma opção política que penaliza o trabalho, sufoca a produção e compromete o futuro. A FIEB alerta que essa taxa de juros representa um obstáculo deliberado ao desenvolvimento nacional”, manifesta em nota a indústria do Estado da Bahia
A Federação das Indústrias do Estado da Bahia (FIEB) repudiou em nota a decisão do Banco Central de elevar os juros básicos da economia (Selic) em mais 0,25 ponto percentual, de 14,75% para 15% ao ano, nesta quarta-feira (18).
A FIEB “repudia essa escolha” que “impõe uma trava brutal ao crescimento da economia brasileira – especialmente da indústria que segue asfixiada por custos crescentes e crédito inacessível”, manifesta em nota. E afirma que a elevação dos juros aprofunda a estagnação e sufoca a indústria.
“Não é apenas um equívoco técnico: é uma opção política que penaliza o trabalho, sufoca a produção e compromete o futuro. A FIEB alerta que essa taxa de juros representa um obstáculo deliberado ao desenvolvimento nacional. O Banco Central precisa urgentemente rever sua postura e iniciar um ciclo de cortes. O Brasil não pode mais esperar.”
A decisão do Copom surpreendeu até o chamado “mercado”, que apostava na manutenção da taxa no atual patamar. Foi a sétima alta consecutiva, quando o BC impôs o atual ciclo de aumento dos juros, com o objetivo de frear a economia.
“Com inflação acumulada de 5,32% em 12 meses e em queda, a insistência em manter a taxa real acima de 9% ao ano — uma das mais altas do mundo — não se sustenta sob nenhuma ótica racional”, afirma a FIEB. “O Banco Central ao adotar uma política monetária descolada da realidade, contribuiu ativamente para o enfraquecimento da produção, a retração dos investimentos e o aprofundamento do desemprego”.