O general Fernando José Sant’Ana Soares e Silva, chefe do Estado-Maior do Exército, garantiu que “o Exército nunca quis intervenção militar nem antes, nem durante e nem depois das eleições e da posse do presidente Lula”
O general Fernando José Sant’Ana Soares e Silva, chefe do Estado-Maior do Exército e número dois na hierarquia da Força, deu uma declaração firme na última sexta-feira (14) sobre a posição das FFAA relativa às tramoias golpistas arquitetadas por Jair Bolsonaro e suas milícias logo após sua derrota nas urnas nas eleições presidenciais do ano passado.
“O Alto Comando do Exército nunca quis intervenção militar nem antes, nem durante e nem depois das eleições e da posse do presidente Lula”, disse o general. As informações são da jornalista Bela Megale, de “O Globo”. O general criticou a tentativa do bolsonarismo de arrastar a instituição para atividades criminosas e destacou que “há, nas Forças Armadas, o temor de sua politização”.
“O grande medo que temos é a politização das Forças. Afastamos isso cumprindo o que manda a lei, que estabelece que militares da ativa não podem ter filiação partidária e não podem se manifestar politicamente. Outro ponto essencial é a manutenção de dois pilares rígidos: hierarquia e disciplina para que todo mundo faça a mesma coisa”, enfatizou.
Recentemente, foram identificados no celular do ex-ajudante de Ordem de Bolsonaro, o tenente-coronel Mauro Cid, planos detalhados de um golpe de Estado para manter o candidato derrotado no poder. Ele decretaria “Estado de Defesa” no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), rasgaria a Constituição e, pela força, mudaria o resultado das eleições. O golpe não se consumou exatamente porque o Alto Comando do Exército foi contra. Mauro Cid diz isso claramente para um interlocutor destemperado que queria o golpe de qualquer jeito.
Veja abaixo o roteiro do golpe achado o telefone do Ajudante de Ordem de Bolsonaro
No documento continha uma cronologia do crime. “Havendo deferimento, que constará em documento escrito que analisará os fatos descritos pelo Presidente da República e reconhecerá as inconstitucionalidades praticadas pelo Judiciário”, serão determinadas uma série de medidas, começando pela nomeação de um interventor, “que coordenará as medidas de restabelecimento da ordem constitucional”, fixação de prazo da intervenção até chegar à determinação de um novo prazo para novas eleições, por exemplo.
As gravações telemáticas obtidas pela PF mostram também conversas do auxiliar de Bolsonaro, Mauro Cid, com outros militares, entre eles com o coronel Jean Lawand Junior, subchefe do Estado-Maior do Exército, considerado um dos maiores defensores da tentativa de golpe cogitada até dezembro de 2022, às vésperas da viagem do ex-presidente para os Estados Unidos. Em uma dessas conversas, ele sugere que Bolsonaro deveria “dar a ordem” para que as Forças Armadas agissem.
Na mensagem o coronel sugere que Bolsonaro precisava “dar a ordem” para que as Forças Armadas agissem. “Ele tem que dar a ordem, irmão. Não tem como não ser cumprida”, escreveu. Em um áudio enviado ao então ajudante de ordens, o coronel insiste: “Pelo amor de Deus, Cidão. Pelo amor de Deus, faz alguma coisa, cara. Convence ele a fazer. Ele não pode recuar agora. Ele não tem nada a perder. Ele vai ser preso. O presidente vai ser preso. E, pior, na Papuda, cara”.
Mauro Cid responde que Bolsonaro não deu a ordem de intervenção militar porque “ele não confia no ACE”. ACE é a sigla do Alto Comando do Exército, a cúpula formada por generais e pelo ministro da Defesa.
Bolsonaro só não deu o golpe que ele pretendia porque, como disse Mauro Cid, ele não confiava nas Forças Armadas. E é exatamente isso o que o general Fernando José Sant’Ana Soares e Silva acaba de dizer. As Forças Armadas foram contra o golpe. A declaração do general coloca um ponto final em qualquer dúvida sobre a posição da instituição militar na tentativa de golpe de Bolsonaro: foi contra.
Leia mais
Parabenizo as Forças Armadas por ter seguido a Constituição e a verdade e não ao Bolsonaro arruaceiro e mentiroso.
Podemos perceber que é a opinião de um general, não a opinião oficial do Exército.
É importante que qualquer afirmação ou declaração de membros das Forças Armadas seja analisada com cuidado e considerando o contexto específico em que foram feitas. O posicionamento oficial das instituições militares é geralmente divulgado por meio de comunicados oficiais ou por meio de canais de comunicação oficiais do governo ou das Forças Armadas. Portanto, é recomendável verificar as fontes confiáveis e oficiais para obter informações precisas sobre a posição das Forças Armadas em relação a qualquer assunto.
Não é a opinião de qualquer general, mas a posição do chefe do Estado-Maior do Exército. Só isso, já diz alguma coisa – e não é pouca, pois o chefe do Estado-Maior do Exército é a segunda liderança da principal força armada. Mas existe outra prova mais eloquente de que ele está expressando a verdade: é que não houve golpe. Se as Forças Armadas estivessem a favor dele, o golpe teria existido.
nem o Exército, nem ffaa, nem baderneiros da direita, nem clã bolsonaro e outros do mesmo esgoto. o Brasil amadureceu, a Democracia está fortemente estruturada na Constituição Federal. as Instituições podem ser sacudidas por bandidos da laia dos invasores de Brasília, porém, não mais haverá algo parecido com o ano de 1964 e outro 08/01/23, registrem isto!!