
A Petrobrás anunciou um aumento de 0,39% no preço da gasolina nas refinarias, passando para R$ 1,9502 o litro. Trata-se do quarto reajuste apenas no mês de julho. O novo preço passa a ser praticado nesta quinta-feira, dia 26, e com certeza será sentido nos postos – já que os distribuidores são livres para aplicar o reajuste na porcentagem que desejarem.
No ano, o preço médio da gasolina calculado pela ANP já acumula alta de 9,7% – uma variação bem acima da inflação esperada para o ano, de 4,15%. Nas bombas, o valor médio da gasolina ronda absurdos R$ 4,50 o litro.
Já com relação ao diesel, a cotação segue em R$ 2,0316 o litro. Não houve reajuste por conta da subvenção econômica ao valor do combustível arrancada pelo movimento dos caminhoneiros. Nos postos, o litro está saindo a R$ 3,38, mas ainda não alcançou a redução de R$ 0,46, prometida em acordo pelo fim da greve da categoria.
A política de preços de combustíveis desenhada por Pedro Parente – levada a cabo pelo atual presidente da Petrobrás, Ivan Monteiro – para beneficiar as petroleiras estrangeiras deixou o país em chamas quando a paralisação dos caminhoneiros foi deflagrada contra o preço abusivo dos combustíveis.
Adotada desde julho do ano passado, a política prevê ajustes diários consonantes com as variações do petróleo e derivados no mercado internacional, assim como as variações do dólar. Desde o início dessa política, o preço da gasolina comercializada nas refinarias acumula alta de mais de 50%.
Apenas em maio, mês da eclosão da paralisação, foram realizadas 14 altas no preço da gasolina nas refinarias, o que em um mês representou uma alta de 11,64%. Nas bombas, a variação de preços chegou a 47% segundo dados do Dieese – sem considerar as variações devido à escassez de abastecimento durante a paralisação.
Contudo, os preços praticados aqui não se equiparam ao do mercado internacional. Eles são maiores, em media, 22,1% – o que deixa mais do que claro que, ao invés de uma política de boa concorrência, o governo está interessado é em beneficiar as empresas estrangeiras, viabilizar a importação de combustíveis e agradar os acionistas estrangeiros da companhia.