O general Paulo Chagas afirmou que a decisão de não punir Eduardo Pazuello “de qualquer forma, abre um precedente”.
Já o general Sérgio Etchegoyen, ex-gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República, classificou a decisão como “indefensável”.
O general Paulo Chagas ainda ponderou que, mesmo que o comandante do Exército (general Paulo Sérgio) tivesse dúvida quanto à essência ou não de uma transgressão, deveria levar em conta a interpretação que outros poderiam dar dentro da Força e o precedente que isso pode abrir. “É o perigo de que outros queiram seguir esse caminho, achando que já que um general pode, todos vão poder”, avalia Chagas.
“Para preservar a instituição, nem que fosse uma advertência. Mas simplesmente não punir é grave como precedente e pode haver a partir daí outras repercussões, aí sim, gravíssimas”, alertou o general Paulo Chagas, em entrevista para o UOL.
O General Pazuello muito provavelmente foi sim punido. Advertência, como sanção disciplinar, também está prevista no Regulamento Disciplinar do Exército. Esses dois generais sabem muito bem disso. Certamente eles podem entender que deveria ser punição mais grave como: repreensão, detenção , ou mesmo prisão. porém isso cabe somente ao comandante do Exército.
Entendemos, leitor, que você considere inacreditável que Pazuello não tenha sido punido. Mas, infelizmente, foi o que aconteceu. Daí, a indignação dos generais. Pela gravidade dessa impunidade.
As punições são aplicadas de acordo com a gradação da transgressão cometida. E com toda certeza uma advertência não se caberia para a falta cometida. Isto é para se mexer em forma, chegar atrasado, mijar no chão do banheiro, não em cima do RDE e do Estatuto.