Com o novo aumento, cerca de 13 mil medicamentos serão afetados pela medida
Os preços dos medicamentos devem ser reajustados em 10,89%, segundo informou o Sindusfarma (Sindicato da Indústria de Produtos Farmacêuticos). O novo aumento vai encarecer ainda mais o custo de vida da população, principalmente dos idosos, cujos salários e aposentadorias estão sendo assaltados pela inflação.
O Sindusfarma destaca, em nota oficial, que, pela lei, a recomposição anual de preços poderá ser aplicada a partir desta quinta-feira (31), “em cerca de 13 mil apresentações de medicamentos disponíveis no mercado varejista brasileiro”. No ano passado, o governo já havia autorizado uma alta de até 10,08% para os medicamentos, ante uma inflação de 4,52% no ano anterior.
O índice leva em conta a inflação e o fator Y, divulgado na terça-feira (29) pela Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED) – órgão interministerial que calcula os custos de produção não captados pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), como variação cambial, tarifas de eletricidade e variação de preços de insumos. A CMED divulgará a nova tabela de preços, com data de vigência a partir de 1º de abril.
Em tempos de governo Bolsonaro, o custo de vida da população está ainda mais caro frente à disparada nos preços dos alimentos, combustíveis, da energia elétrica e da alta nos aluguéis. Em três anos, o IPCA, que mede a inflação oficial, disparou: fechou 2019 em alta de 4,31%, em 2020, passou para 4,52%, e em 2021, acumulou alta de 10,06%, o pior resultado desde 2015.
No governo Bolsonaro, a renda do brasileiros desabou 10%. Dos novos empregos que se apresentam em uma economia estagnada, mais de 70% estão no trabalho precário e com salários menores. Atualmente, são 12 milhões de desempregados no país, 38,5 milhões de trabalhadores informais, 25,6 milhões de pessoas vivendo de “bico”, 6,9 milhões de pessoas trabalham menos horas do que precisam e 4,8 milhões de brasileiros desistiram de procurar emprego, segundo dados recentes do IBGE.