
Ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, defende que as distribuidoras reduzam rapidamente os preços nas bombas
O Ministério de Minas e Energia (MME) enviou, na terça-feira (3), o Ofício nº 278/2025/GM-MME, assinado pelo ministro Alexandre Silveira (PSD), a órgãos do governo federal, pedindo apoio e fiscalização para garantir o repasse rápido aos consumidores da redução de preço da gasolina em 5,6%, anunciada pela Petrobrás na segunda-feira (2).
O documento foi endereçado à ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis), Inmetro, Secretaria Nacional do Consumidor e Receita Federal. Outro ofício complementar foi enviado ao Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica).
“É importante que cada instituição, no âmbito de suas respectivas competências regimentais, adote medidas cabíveis para que os interesses do consumidor sejam preservados, conforme preceitua a política energética nacional”, esclarece Silveira.
O ministro “Solicita o apoio de vosso respectivo órgão para garantir que a sociedade perceba, nos postos revendedores, rapidamente, a recente redução de preços promovida pela Petróleo Brasileiro S.A – Petrobrás na venda de gasolina aos distribuidores de combustíveis líquidos”.
Silveira afirma também que há um “fenômeno de transmissão assimétrica de preços” no mercado. “Ou seja, uma redução de preço em uma etapa da cadeia de suprimento pode não ser transmitido de forma igual nos elos seguintes da cadeia do abastecimento, [por isso] entende-se que ações de acompanhamento dos agentes e de monitoramento dos preços podem contribuir para que a sociedade perceba, de fato, esse reajuste, tanto em magnitude quanto em velocidade”.
A Petrobrás baixou em 5,6% o valor da gasolina vendida nas suas refinarias a partir da terça-feira(3). Em média, o preço de passou de R$ 3,02 para R$ 2,85 ou uma queda de R$ 0,17 por litro. A estimativa da estatal é que a economia para o consumidor final deveria ficar em torno de R$ 0,12, em razão da mistura na gasolina de álcool anidro, custos e lucro das distribuidoras e impostos.
Ocorre, no entanto, que, passado mais de 24 horas da redução do preço, consumidores em todo país registram e reclamam que a economia dos R$ 0,12 não chegou ainda nas bombas de abastecimento.
As distribuidoras não repassam a redução nos preços ao consumidor para aumentar sua margem de lucro.