O governo Bolsonaro entregou na segunda-feira (21) áreas de minérios, com chumbo, cobre, zinco e ouro, do Complexo Polimetálico de Palmeirópolis, localizado em Tocantins, para a multinacional australiana Perth Recursos Minerais.
Totalizando 6.050 hectares, Palmeirópolis engloba seis processos minerários, com relatórios finais de pesquisa aprovados pela Agência Nacional de Mineração.
“Podemos encontrar ouro lá, mas neste primeiro momento os interesses principais são cobre e zinco”, comemorou o diretor da Perth, Robert Smakman.
Com proposta única, a empresa estrangeira ofereceu 1,71% em royalties sobre a receita bruta, na fase de produção, e R$ 15 milhões em bônus que serão pagos em três parcelas pelo direito de explorar uma região já mapeada pela estatal CPRM – Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais, vinculada ao Ministério de Minas e Energia.
Segundo um mapeamento apresentado no Diagnóstico das Potencialidades Minerais do Tocantins, o solo do estado é rico em muitos minerais como: ouro, calcário, gesso, granito, zirconita, epídoto, cascalho, argila, quartzo, grafita, cobre, volframita, siltito, areia, arenito, calcário, sílex, quartzito ferruginoso diamante, níquel, cristal de rocha e gnaisse.
A Perth Recursos Minerais é uma empresa de origem australiana que foi criada com aporte financeiro do fundo MMH Capital, de Dubai nos Emirados Árabes. No Brasil, a empresa foi aberta para participar da licitação do projeto em Tocantins.
A CPRM detém cerca de 330 direitos minerários. Esse é o primeiro leilão de áreas minerárias, entre outros 30 projetos que o governo pretende entregar à iniciativa privada, de preferência a estrangeiros.
Deste total, além do Polimetálico de Palmeirópolis, o governo Bolsonaro pretende leiloar quatro áreas no ano que vem: Cobre de Bom Jardim, em Goiás; Fosfato de Miriri, em Pernambuco; Carvão de Candiota, no Rio Grande do Sul; Caulim do Rio Capim, no Pará.