
Países não podem continuar de braços cruzados diante da “situação terrível” contra os palestinos, principalmente a morte de crianças, conclama o chanceler brasileiro
“Acredito que é uma situação terrível o que está acontecendo. Há uma carnificina. É uma coisa terrível o que está acontecendo. Há um número elevadíssimo [de mortes de] crianças. É algo que a comunidade internacional não pode ver de braços cruzados”, afirmou o ministro das Relações Exteriores do Brasil, Mauro Vieira em audiência pública no Senado.
Segundo ele, “há inúmeras iniciativas. Lamentavelmente, nas Nações Unidas, o Conselho de Segurança está paralisado. O poder de veto dos cinco membros permanentes paralisa sempre — de um lado ou para outro — todas as iniciativas”.
Chancelando a posição expressa pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva em diversas ocasiões, o ministro resgatou o fato do Brasil manter uma posição histórica em defesa da solução de dois Estados, buscando a coexistência pacífica entre Israel e Palestina: “É muito importante que iniciativas como essas sejam tomadas, sejam levadas adiante para pôr fim a essa invasão e a esse desrespeito ao direito internacional e ao direito internacional humanitário”.
França e Arábia Saudita convidaram o Brasil para comandar o grupo de trabalho de uma conferência sobre a criação da Palestina, com foco no respeito às normas internacionais. Esse papel coloca o país em destaque nas negociações sobre o futuro da região.
Desde o início da guerra patrocinada pela ditadura nazifascista de Israel contra o povo palestino, sob o pretexto de combater o grupo Hamas, em outubro de 2023, o Brasil tem deplorado os ataques em Gaza e buscado promover consenso para evitar novas mortes. Na época, o país tentou aprovar no Conselho de Segurança da ONU uma resolução para cessar-fogo e permitir ajuda humanitária, mas os Estados Unidos, como sempre, vetaram a proposta.

Mais do que isso, o governo brasileiro questiona os limites éticos e legais das ações militares israelenses intensificadas pelo ditador Benjamin Netanyahu. Mauro Vieira afirmou que o Brasil acompanha a situação com atenção e se posiciona para defender os direitos humanos e o respeito às leis internacionais. Para o governo Lula, a comunidade global precisa agir com urgência para evitar que a situação na região se agrave ainda mais.
O fato é que, desde o início dos ataques promovidos por Israel e diante da escalada militar na região ao longo de quase 2 anos, com a morte de milhares de civis e a destruição de bens públicos, especialmente hospitais, se havia alguma dúvida sobre o caráter genocida da ação, hoje, já não há mais nenhuma.
A tentativa do Brasil, embora apoiada pela maioria dos membros do conselho, não foi aprovada porque os Estados Unidos vetaram a resolução. O governo americano argumentou, à época, que o texto não deixava claro o direito de Israel de se defender.
Desde então, o Brasil tem dito “deplorar” os ataques em Gaza e defendido que Israel e Hamas cheguem a um consenso, evitando mais mortes no conflito.
Ao longo de todo conflito, o governo brasileiro, além de questionar os limites éticos e legais das ações militares do governo de Israel, tem defendido a retirada das tropas de Benjamin Netanyahu da Faixa de Gaza, reiterado a ação de natureza colonialista de Israel com os palestinos e afirmado que a ofensiva militar israelense em Gaza inviabiliza um eventual acordo.
A ditadura israelense, no entanto, ancorada quase que exclusivamente pelos EUA, continua ignorando cínica e solenemente o posicionamento não apenas do Brasil, mas da maioria das nações do mundo, enquanto acelera sua ação genocida contra todo um povo que conquistou o direito não somente sobre Gaza, mas a um território que a esse povo continua sendo clamorosamente negado.
NETANIAHU E DONALD TRUMP SAO DOIS MONSTROS , MALVADOS E CREUIS !