
O governo Bolsonaro quer implementar uma regra de reajuste para o salário mínimo sem a previsão de qualquer aumento real, barrando aumento do poder de compra dos trabalhadores que recebem o piso.
O plano foi anunciado pelo secretário especial de Fazenda do Ministério da Economia, Waldery Rodrigues. O secretário disse ainda que a ideia do governo é mudar o período de cálculo da inflação, considerando a inflação acumulada entre os meses de dezembro a novembro, e não mais de janeiro a dezembro do ano imediatamente anterior ao reajuste, como é atualmente.
Assim, o salário mínimo de 2021 seria corrigido pela inflação registrada entre dezembro de 2019 e novembro de 2020, mas com o reajuste passando a valer apenas em janeiro.
No final do ano passado, o governo editou medida provisória fixando o salário mínimo em R$ 1.039, calculado com base na projeção do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) de 4,1%. Mas o índice foi menor do que o oficial, de 4,48%, divulgado pelo IBGE. Após pressão, o governo recuou e aumentou o reajuste, acrescentando R$ 6 ao mínimo, passando para R$ 1.045.