Negociação no TST também garantiu concurso público ainda em 2024. Sindicatos convocam novas assembleias nesta quinta-feira (22) para avaliação da proposta
Em reunião de mediação, nesta quarta-feira (21), no Tribunal Superior do Trabalho (TST), os trabalhadores dos Correios conquistam avanços na proposta de novo Acordo Coletivo de Trabalho (ACT), fruto da mobilização iniciada no início de agosto.
De acordo com a Federação Interestadual dos Sindicatos dos Trabalhadores dos Correios (Findect), uma das conquistas na negociação foi a redução do prazo para a apresentação do relatório final sobre o plano de saúde, que caiu de 90 para 60 dias. “Esse avanço foi garantido pela Findecet, que, durante a negociação no TST, superou as tentativas de sabotagem por parte de outra federação, que havia aceitado o prazo maior de 90 dias. Com essa conquista, as mudanças necessárias no plano de saúde poderão ser implementadas mais rapidamente, trazendo benefícios com maior agilidade para os trabalhadores”, diz a Findect.
Outra conquista foi a antecipação de R$1.000,00, referente ao “vale Perú” de dezembro para a folha de pagamento de setembro de 2024, com o saldo restante de R$ 1.500,00 a ser pago até o quinto dia útil de janeiro de 2025. “Essa antecipação atende a uma demanda urgente dos trabalhadores, proporcionando um alívio financeiro em um período crítico do ano”.
A entidade ressalta também que outro importante avanço para a melhoria das condições de trabalho, bem como para os serviços prestados à população, foi o compromisso da empresa em relação às contratações via concurso público, que deverão ocorrer em dezembro de 2024.
Ainda de acordo com a Federação, também foram feitos ajustes na cláusula de gratificação de férias, que agora terá o cálculo incidindo sobre abonos e assegurando que não haverá prejuízos nas ações judiciais em andamento movidas pelos sindicatos, que reivindicam o pagamento retroativo dessa gratificação.
“A greve enfrentou resistência não apenas por parte da direção dos Correios, mas também pela falta de apoio de alguns representantes de outra federação, que não seguiram o calendário de mobilizações acordado, comprometendo a luta unificada dos trabalhadores de São Paulo, Rio de Janeiro, Bauru, Tocantins e Maranhão”, disse a Findect.
“Enquanto outros se alinharam com os interesses da empresa, a Findect garantiu avanços essenciais nas negociações. A proposta do TST, apresentada pelo ministro vice-presidente Aloysio Corrêa da Veiga, inclui, além dos avanços mencionados, o encerramento da greve sem descontos nos salários, com compensação dos dias parados até a normalização da carga postal acumulada”, informa a entidade.
A proposta deve ser submetida à avaliação das assembleias previstas para ocorrerem nesta quinta-feira (22), com retorno ao trabalho no dia 23 de agosto. “Este é um momento decisivo para a categoria, que deve avaliar se os termos negociados atendem às suas expectativas ou se a luta deve continuar. Independentemente da decisão, a Findect permanece firme na defesa dos direitos dos trabalhadores, pronta para enfrentar qualquer desafio que possa surgir”, conclui a entidade.
A greve teve início no dia 7 de agosto, fruto da insatisfação generalizada dos trabalhadores com a proposta apresentada pela diretoria da empresa, mobilizando trabalhadores em São Paulo, Bauru, Rio de Janeiro, Tocantins e Maranhão.
Aí sim. O povão todo contente com seu vale perú pra enfiarem lá embaixo, só custou documentos importantes, remédios e mercadorias ao brasileiro.
Era neutro quanto à privatização. Agora, vou passar a agir politicamente a favor em toda oportunidade só pra ver esse pessoal punido e voltando à realidade do trabalhador de verdade. Voto em qualquer candidato que avance a pauta. Não me interessa nem se o serviço vai ficar mais caro depois, quero justiça mesmo. <3
O teu negócio, portanto, é o ressentimento – contra o povo e contra os trabalhadores. Que coisa feia, rapaz! Parece até que você é fascista!
ja pode demitir todo mundo?? encostados
Pelo jeito, ninguém vai ser demitido – e todo mundo vai voltar ao trabalho após a vitória do movimento.
Manda todo mundo embora!! Com o tanto de gente que precisa trabalhar… Se de 36 sindicato apenas 6 participou desta greve sinal que os outros 30 não estavam concordando!!! Engraçado eles ainda não querem que o salário seja descontado kkkkk deveria todos esses ficar sem salário sim , até pq muita gente acabou pagando pelo transtorno causado…
Chibata no lombo do povo, não é? Mas, se de 36 sindicatos, apenas 6 participaram da greve, por que você está reclamando dos trabalhadores? Por que quer mandar todo mundo embora, se a maioria continuou trabalhando? Ora, porque não foi assim, não é?
Importante conquista! Muito fácil ficar criticando greve de quaisquer setor, uma vez que os mesmos que criticam estão sentados em direitos conquistados anteriormente sob muita luta, e com os mesmos argumentos dos que eram contrários. Toda e qualquer paralisação gera incomodo, porém ao invés de gerar empatia com a classe, gera revolta pela falta se sentimento de unidade como classe trabalhadora, reflexo de anos de propaganda neoliberal.