
O Museu do Louvre, o mais visitado do mundo, ficou fechado na sexta-feira, 17, com a participação de seus trabalhadores no movimento grevista convocado pelas centrais sindicais francesas contra o projeto que Macron chama de “reforma” e que – se aprovado – causará, segundo cálculos da CGT, perdas em torno de 25% no conjunto das aposentadorias dos franceses.
Em um primeiro momento formou-se uma enorme fila à entrada do museu – cujo número de visitantes ultrapassa 30 mil ao dia – a seguir os turistas se retiraram com a promessa de que aqueles que anteciparam a compra de entradas teriam o dinheiro devolvido.
A brasileira Elaine, citada pela Agência Reuters, foi uma das que ficou sem visitar o museu que abriga uma mostra especial comemorativa dos 500 anos do falecimento de Leonardo da Vinci (o Louvre tem o mais famoso quadro do grande artista, a Mona Lisa, em exposição permanente). “É muito desagradável vir a Paris e ver o Louvre fechado, mas eu os apoio”, declarou a turista brasileira.
Apesar do recuo do governo francês propondo negociações que se iniciariam com a retirada do item de elevação da idade para a aposentadoria completa de 62 para 64 anos, a maior parte do movimento sindical francês mantém o movimento exigindo a retirada total do projeto de ataque aos direitos previdenciários. O governo quer tornar individuais as condições de aposentadoria, enquanto que a Previdência atual reconhece diferenças existentes nas condições de trabalho de 42 categorias.
Recentemente o corpo de balé do Opera de Paris realizou uma apresentação de dança com a obra O Lago dos Cisnes, de Tchaikovsky, enquanto se exibia a faixa Ópera de Paris em Greve à entrada do Teatro.
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PORTUÁRIOS E ELETRICITÁRIOS
Os portuários têm participado com bloqueios aos portos. Cargueiros trazendo cereais estão estacionados à entrada do porto de Marselha, assim como as balsas de passageiros que trafegam entre a França e a Inglaterra atuam com atrasos constantes. Com a participação dos eletricitários a produção de energia elétrica caiu em 9%. Novas manifestações levaram 200 mil trabalhadores franceses às ruas do país quando se completavam 6 semanas da greve iniciada pelos servidores públicos.