
Os auditores fiscais da Receita Federal entraram no décimo sétimo dia da greve nacional da categoria nesta quinta-feira (17). Os servidores são contra o adiamento do reajuste salarial do funcionalismo do Executivo Federal e o aumento da contribuição previdenciária, medidas impostas pelo governo Temer, para arrochar ainda mais os salários dos funcionários públicos.
Em campanha salarial, os auditores fiscais denunciam que o governo Temer descumpriu com o acordo salarial já concedido em lei, que garantiria o pagamento da reposição de 20%, dividida em quatro anos, em parcelas de 5%, até 2019. Segundo o presidente Sindicato dos Auditores Fiscais (Sindifisco) em Santos, Renato Tavares, “o Governo Federal entrou com uma Medida Provisória que adia o pagamento de janeiro de 2018 e de janeiro 2019. Descumpriram a lei assinada em dezembro de 2016. (O valor) é uma recomposição da inflação de anos anteriores”, disse Tavares.
Além do adiamento do reajuste, o Michel Temer aumentou através da medida provisória, a contribuição previdenciária servidores ativos, inativos e pensionistas de todos os Poderes da União, incluídos as autarquias e fundações, de 11% para 14%. Segundo a entidade, cada dia de paralisação na Alfândega do Porto de Santos, no litoral de São Paulo, ocasiona um atraso de R$ 100 milhões no recolhimento de impostos federais. Cerca de 30% dos 200 auditores fiscais da Baixada Santista trabalham na Alfândega apenas para liberar cargas especiais como medicamentos e produtos perecíveis.