
Ex-presidente do Senado foi alvo de subsecretário do governo Romeu Zema (Novo), revela revista
O coronel reformado do Exército e ex-subsecretário de Romeu Zema (Novo), Etevaldo Luiz Caçadini de Vargas, espionou o senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG) e fez anotações para um possível plano de assassinato.
A informação foi dada pela revista Veja, na quinta-feira (29).
Etevaldo Luiz Caçadini de Vargas foi subsecretário de Integração de Segurança Pública no primeiro ano do bolsonarista Romeu Zema no governo de Minas Gerais, em 2019. O coronel reformado era membro do grupo de extermínio que oferecia o assassinato de parlamentares e autoridades públicas.
Em abril de 2023, ele anotou em seus arquivos dados referentes ao ex-presidente do Senado, Rodrigo Pacheco. Além do nome do senador, escreveu “30, 40 e 50 mil reais”, valores referentes à espionagem, o modelo do automóvel de Pacheco e uma distância em quilômetros.
A Polícia Federal realizou uma operação contra o grupo autodenominado C4 (Comando de Caça a Comunistas, Corruptos e Criminosos) e apreendeu cinco fuzis com silenciador, 15 pistolas com silenciador, minas magnéticas, bombas com acionador remoto, placas de automóveis falsas e veículos para fuga.
O grupo cobrava pelos assassinatos entre R$ 50 mil, para pessoas “comuns”, e R$ 250 mil, para ministros do Supremo Tribunal Federal (STF).
O presidente Lula tem falado a aliados que pode apoiar Rodrigo Pacheco na disputa pelo governo de Minas Gerais em 2026.
BOLSONARO E AS MILÍCIAS
Não é à toa que esses grupos prosperaram sob o governo de Bolsonaro. Essa gestão nefasta estimulou o crime organizado e os grupos fascistas com liberação de armas, ataques à democracia, incitação ao golpe e à tortura.
As ligações da família Bolsonaro com o miliciano Adriano Nóbrega, ex-chefe do Escritório do Crime, uma quadrilha especializada em assassinatos por encomenda, são conhecidas.
Levantamento da ficha corrida da família Bolsonaro, feito pela jornalista Juliana Dal Piva, do UOL, revela que o chefe do clã e seus dois filhos, Flávio e Carlos, condecoraram ao menos 16 policiais militares ligados ao crime organizado, conforme denúncias do Ministério Público do Rio de Janeiro. Entre os homenageados estavam Adriano Nóbrega, o major Ronald Pereira e o delegado e ex-chefe da Polícia Civil Allan Turnowski.
Bolsonaro e Flávio Bolsonaro visitaram o ex-policial militar na cadeia, em 2005, que estava preso por assassinato. Adriano, que estava foragido e foi morto numa operação policial em 2020, na Bahia.
Adriano foi homenageado duas vezes por Flávio Bolsonaro: uma moção em 2003, e depois, com a medalha Tiradentes em 2005. As duas homenagens de Flávio foram feitas a mando de seu pai, Jair Bolsonaro. O então mandatário confirmou, em fevereiro de 2020, que partiu dele a ordem para que seu filho, Flávio, homenageasse o ex-policial militar Adriano da Nóbrega.
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Está mais que na hora da esquerda, principalmente o PT, começar a contra atacar as fakes que a direita coloca nas redes sociais.
Gostaria de ver um levantamento global do ocorrido na previdência?, inicio das roubalheira?, Quais pessoas que foram avisadas? e quando, quais as empresas fraudadoras, quando iniciaram? Qual o envolvimento do irmão do Lula e etc para que possamos defender o Lula com.mais afinco.