
O ministro das Relações Exteriores do Irã, Mohammad Javad Zarif, afirmou que as ações da União Europeia para preservar o acordo nuclear firmado em 2015 são insuficientes. Em pronunciamento no domingo, Zarif disse que esperava mais do bloco e frisou que o anúncio da saída de empresas europeias do seu país podem minar completamente o acordo.
Uma das primeiras transnacionais a abandonarem o Irã foi a dinamarquesa A.P. Moller-Maersk, uma das maiores empresas de transportes de contêineres do mundo, seguida pela gigante petroleira francesa Total, que pode abandonar um projeto multibilionário de gás.
“O anúncio da possível retirada das principais empresas europeias da cooperação com o Irã não condiz com o compromisso da UE em implementar o acordo nuclear”, declarou o ministro, principalmente após Trump ter retirado os Estados Unidos.
No mesmo caminho estão a alemã Siemens, que declarou oficialmente que “analisará com muito cuidado as medidas relacionadas à sanção” e ao cumprimento rigoroso de “todas as restrições relevantes”; a Peugeot, que irá “acompanhar a evolução deste assunto” e a Airbus, que reiterou que vai agir “em total conformidade com as sanções e regulamentos de controle de exportação”. Fabricante de aviões, a Airbus foi além e anunciou que não poderá exportar modelos comerciais para o Irã sem uma licença do Departamento de Controle de Ativos Estrangeiros do Tesouro dos EUA. “Não iniciaremos uma guerra comercial estratégica contra os EUA, não faria sentido”, disse Macron ao chegar para o segundo dia de uma cúpula da União Europeia na Bulgária.”.