Centenas de mísseis lançados de Teerã e diversas outras cidades iranianas atingem diversos pontos de Israel, em particular Tel Aviv, e, segundo as forças iranianas, alvos militares israelenses
Mísseis são “resposta legítima, legal e racional aos atos terroristas de Israel”, declarou, nesta terça-feira, 1º, a Missão do Irã na ONU assim que de 200 a 400 mísseis disparados do Irã atravessaram os céus de Israel, atingindo inclusive a sua principal cidade, Tel Aviv, e bases militares que, de acordo com declaração iraniana, “ainda serão detalhadas”.
O regime israelense informou que se viu sob ataque e foi obrigado a fechar o espaço aéreo durante horas ficando impedidas decolagens e aterrissagens de aviões civis por todo o país.
A ação foi uma resposta solidária aos ataques a Gaza, Cisjordânia e Líbano, assim como aos assassinatos dos líderes da resistência libanesa e palestina, os líderes do Hezbollah, Sayed Hassan Nasrallah, e do Hamas, Ismail Haniyeh, acrescenta a delegação iraniana.
Os disparos foram assumidos pelo Corpo da Guarda Revolucionária Islâmica (CGRI) que informou do disparo de mísseis a partir das cidade iranianas de Teerã, Isfahan, Tabriz, Shiraz, Khorramabad, Arak e outras. O CGRI expediu o seguinte comunicado:
“A nação islâmica que preza e ama os mártires iranianos, depois de um período de contingência, responde à violação da soberania da República Islâmica do Irã após o assassinato do Dr. Ismail Haniyeh pelo regime sionista e de acordo com o direito à defesa estabelecido pela Carta da ONU.
Repondemos à intensificação dos males perpetrados por este regime com o apoio dos Estados Unidos no massacre dentro do Líbano e no martírio do grande combatente, líder da Resistência e altivo secretário-geral do Hezbollah, Sayyed Hassan Nasrallah, assim como do martírio do assessor pertencente aos quadros da Guarda Revolucionária do Irã, major general Abbas Nilfroushan.
A nossa Força Aérea lançou dezenas de mísseis balísticos para atingir importantes bases militares no coração dos territórios ocupados pelo sionismo. Os locais atingidos ainda serão detalhados.
Destacamos que esta operação foi efetuada com a aprovação do Conselho Nacional Supremo de Segurança e acompanhado pelo Estado Maior das nossas Forças Armadas e apoio do Ministério da Defesa.
Fica o regime sionista avisado que se reage militarmente a esta operação – realizada de acordo com os direitos legais do país e com o direito internacional – enfrentará ataques ainda mais esmagadores e destrutivos”.
Aliás, ao discursar para um plenário vazio na Assembleia Geral da ONU, Netanyahu assumiu a barbárie israelense mediante bombardeio contra Gaza, Cisjordânia, Líbano e Síria e concentrou sua fala em ameaçar o Irã. “Acima de tudo, o Irã deve ficar diante de uma ameaça nuclear crível”, disse ele no momento mais grave e perigoso de seu discurso.