Único candidato à reeleição que, até hoje, ficou em 2º lugar no primeiro turno das eleições presidenciais, Jair Bolsonaro (PL) desdenhou da senadora Simone Tebet (MS) por declarar apoio ao candidato do PT, Luiz Inácio Lula da Silva.
A presidenciável do MDB terminou a primeira fase do pleito em terceiro lugar, com 4,9 milhões de votos (4,16%). Ela anunciou seu apoio ao candidato da Federação Brasil da Esperança (PT, PCdoB e PV) na quarta-feira (5), ressaltando que “não cabe a omissão da neutralidade” em relação ao embate no segundo turno.
“Não sei quem é Tebet. Ah aquela… questão dela”, disse na quinta-feira (6) depois de ser questionado sobre a decisão de Tebet.
Lula e Bolsonaro irão disputar o segundo turno em 30 de outubro. Eles passaram para o segundo turno depois da votação de domingo (2).
Lula ficou com 48,43% dos votos, que representam 57.259.504 eleitores. Já Bolsonaro teve 43,20%, somando 51.072.345 votos. A vantagem a favor do petista ultrapassa 6 milhões de votos.
Indagado sobre o ex-presidente Michel Temer (MDB), Bolsonaro disse que “há previsão de conversar com ele nos próximos dias”.
Ele foi informado então pelos jornalistas que Temer já havia desmentido informações de um possível apoio à sua candidatura. “Tudo bem, então eu não converso com ele”, respondeu Bolsonaro rispidamente durante atividades de campanha no Palácio da Alvorada, na quinta (6), em Brasília.
O candidato à reeleição buscou ainda minimizar o apoio declarado pelo também ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) a Lula.
“Eu fui oposição de quase todo mundo em Brasília. FHC foi um ferrenho opositor meu. Tive até um problema sério com ele, ele queria compensação. É um direito dele se expressar. Se vai se transformar em voto útil, não sei”, declarou.