
Em pronunciamento nesta quarta-feira (2) por ocasião do 40º aniversário da “Mensagem aos Compatriotas de Taiwan”, o presidente Xi Jinping enfatizou que “os chineses não lutam contra chineses” e que a China está pronta para defender “com todas as forças uma reunificação pacífica, através do caminho mais favorável para todos os compatriotas de ambos os lados do Estreito de Taiwan e para toda a nação”.
“Não prometemos descartar o uso da força militar e nos reservamos o direito de tomar todas as medidas necessárias dirigidas contra a interferência externa e o pequeno número de separatistas e movimentos que se manifestam a favor da ‘independência de Taiwan'”, afirmou Xi Jinping, destacando que tais medidas não são destinadas contra os compatriotas de Taiwan.
O presidente Jinping sublinhou que, desde 1949, o Partido Comunista da China (PCCh), bem como o governo e o povo do país sempre consideraram a solução da questão de Taiwan e a completa reunificação da China como uma tarefa histórica. Dessa forma, conseguiram atenuar as tensões no Estreito de Taiwan. Segundo ele, os 70 anos de desenvolvimento das relações entre os dois lados do estreito provaram que a revitalização da nação chinesa e a integridade territorial são uma tendência da época.
“Ninguém pode mudar o fato de que Taiwan é uma parte da China e os dois lados do Estreito pertencem à China. Ninguém pode mudar a solidariedade entre os residentes nos dois lados e o reconhecimento da sua identidade comum como membros da nação chinesa. A paz nos dois lados do Estreito de Taiwan e o avanço de suas relações são uma tendência da época. Ninguém pode impedir a revitalização da nação chinesa e a integridade territorial do país”.
Xi Jinping ressaltou que a diferença de sistema não é uma barreira à reunificação.
“A proposta de ‘um país, dois sistemas’ de acordo com as realidades de Taiwan tem como objetivo resguardar os interesses e garantir o bem-estar dos compatriotas de Taiwan. A forma específica de realização de ‘um país, dois sistemas’ em Taiwan irá respeitar suas realidades, as opiniões e sugestões do público, bem como os interesses e sentimentos dos compatriotas de Taiwan. Sob a premissa de garantir a soberania, segurança e desenvolvimento da China, após a pacífica reunificação, os sistemas sociais e os estilos de vida dos compatriotas de Taiwan serão respeitados, e a propriedade privada, as crenças religiosas e os direitos e interesses legítimos deles serão defendidos”.
O presidente Xi Jinping defendeu ainda que os dois lados do estreito devem se esforçar para resolver a oposição política a esse objetivo nacional.
“Com base no princípio de Uma só China, não há nenhum obstáculo em nossos contatos com qualquer partido político ou grupo de Taiwan. Estamos dispostos a conduzir diálogos com os diversos partidos, grupos e indivíduos de Taiwan sobre questões políticas e o processo da reunificação pacífica da China, além de trocar opiniões, buscar consensos sociais e promover negociações políticas. Propomos que os diversos partidos políticos e setores dos dois lados do Estreito recomendem figuras representativas para realizar consultas democráticas aprofundadas sobre o futuro da nação chinesa”.
No final do discurso, Xi Jinping enfatizou que há apenas uma China no mundo e que aderir ao princípio de Uma só China é uma norma reconhecida de relações internacionais bem como um consenso da comunidade internacional. O governo chinês aprecia e agradece à comunidade internacional por seu entendimento e apoio ao anseio do povo chinês pela reunificação nacional.