
O juiz Gustavo Carvalho Chehab, da Justiça do Trabalho, suspendeu as demissões de 68 funcionário da Eletrobrás, atendendo ao pedido de 14 sindicatos da categoria. A suspensão vale até o próximo dia 30 de março, quando está marcada uma audiência para tratar da questão.
Os sindicatos alegam que as demissões vão contra o Acordo Coletivo de Trabalho assinado em 2019 com mediação do Tribunal Superior do Trabalho (TST).
As demissões são fruto do processo de privatização iniciada no governo Temer e levada a cabo pelo governo Bolsonaro com planos de desligamento consensual (PDC’s).
O juiz Gustavo disse em sua decisão que os argumentos dos sindicatos apontam “em uma análise preliminar” para “possível descumprimento” do acordo mediado pelo TST, uma vez que a Eletrobrás não teria alertado o Tribunal sobre o ingresso de novos empregados em Furnas.
A Eletrobrás é a maior estatal do setor elétrico da América Latina. Já chegou a ter 26 mil funcionários em 2016, quando se deu início ao processo de privatização, hoje ela possui pouco mais 12,5. As demissões fazem parte do plano para reduzir ainda mais seu quadro de funcionários, chegando a 10 mil.